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Juiz afastado do fórum de Divinópolis ‘batizava’ funcionárias e se dizia Deus

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O caso chocante envolvendo o juiz Ather Aguiar e seu assessor na Comarca de Divinópolis, em Minas Gerais, tem causado indignação e revolta. Sete servidoras, entre funcionárias, estagiárias e ex-estagiárias do Judiciário da cidade, denunciaram o juiz por práticas abusivas e comportamento inapropriado. Um dos relatos mais perturbadores descreve um ritual bizarro criado pelo magistrado.

Em seu depoimento à Corregedoria do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), a assistente terceirizada W (nome fictício) relata sua experiência ao chegar na comarca como estagiária e passar pelo ritual criado pelo juiz. Segundo a vítima, o juiz trocava o nome das pessoas, atribuindo-lhes um nome que achava adequado, e afirmava que, a partir daquele momento, suas almas seriam vendidas a um determinado demônio. Durante o ritual, as vítimas sentavam em cadeiras, o juiz colocava gravata nelas e uma fralda na cabeça, e oferecia bolachas de arroz como se fossem o corpo de Cristo, seguidas de suco de uva como se fosse o sangue de Cristo.

A assistente ainda afirma que o estagiário mais velho auxiliava o juiz durante o ritual, que prosseguia com a obrigatoriedade de ingerir óleo de copaíba. Segundo ela, foi forçada a consumir uma quantidade tão excessiva de óleo que não conseguiu trabalhar no dia seguinte.

Além disso, o juiz impunha regras autoritárias, declarando-se como o Deus das vítimas e exigindo fidelidade e obediência exclusivas a ele. Ele proibia qualquer tipo de contato ou aliança com advogados ou outros juízes, manipulando as vítimas para que servissem apenas a ele. A frase repetida por ele era: “Eu sou o teu Deus e você me servirá”.

Outro aspecto perturbador das denúncias é o relato de que as vítimas eram trancadas em um corredor do fórum, como forma de punição. Essa prática seria uma das três penitências impostas pelo juiz: holodomor, gulag e dizimação. O termo “holodomor” faz referência à terrível fome que resultou na morte de milhões de pessoas na Ucrânia durante a década de 1930. Já “gulag” remete aos campos de concentração na União Soviética. A “dizimação” é descrita como uma punição ainda mais grave, indicada pela vítima ao fazer um sinal de corte no pescoço. O juiz aplicava essas penalidades de acordo com sua própria interpretação, muitas vezes por meros comentários que ele não gostava.

Além dessas práticas abusivas, as denúncias também mencionam xingamentos e comentários machistas feitos pelo juiz, que criavam um ambiente de trabalho tóxico e hostil para as estagiárias e funcionárias.

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