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Conheça o médico de Divinópolis que foi imunizado contra a Covid-19 em Londres

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Edson Nogueira foi um dos primeiros a ser vacinado na Inglaterra. Ele é de Divinópolis e mora em Londres, onde trabalha como médico – Foto: Edson Nogueira/Arquivo pessoal

Edson Nogueira foi um dos primeiros a ser vacinado na Inglaterra. Ele é de Divinópolis e mora em Londres, onde trabalha como médico – Foto: Edson Nogueira/Arquivo pessoal

médico mineiro de Divinópolis, Edson Nogueira, 44 anos, mora em Londres e foi um dos primeiros a receber a vacina contra a Covid-19 na Inglaterra. Ele foi imunizado nesta quarta-feira (23), às 6h, horário do Brasil. Edson contou detalhes  e falou da expectativa sobre a chegada da vacina no país de origem, principalmente porque os pais dele, que moram em Carmo do Cajuru, são idosos.

Edson mora em Londres há 12 anos, onde trabalha trabalha como endocrinologista e clínico geral no Chelsea and Westminster Hospital . Também é professor na escola de medicina do Imperial College London. Desde que a Pifzer iniciou os testes, ele e os colegas que estão na linha de frente estavam ansiosos pela imunização, que na Inglaterra começou no dia 8 de dezembro, mas só agora os profissionais de saúde estão recebendo a vacina.

“Aqui a prioridade para vacinação foram as pessoas com mais de 80 anos de idade e os que moram em asilos. Agora que começaram a vacinar os profissionais de saúde, no entanto, alguns deles que eram do grupo de risco também receberam a vacina um pouco antes de nós. De toda forma, aqui em Londres a imunização começou esta semana. No hospital que trabalho especificamente, hoje foi o primeiro dia e eu logo já estava na fila bem cedo porque estava muito ansioso para receber a dose”, contou.

Segundo o médico, já na primeira dosagem é marcada uma outra data para que o paciente receba a segunda dose da imunização, que deve ocorrer em 21 dias.

“Essa questão foi para repetir o mesmo sistema que estava sendo usado na ocasião dos testes. Ou seja, é para reforçar o sistema imune e garantir a eficácia. Sendo assim, a Pifzer quer atingir os mesmos resultados obtidos na época dos testes clínicos”, detalhou.

Expectativa

Segundo o médico, a ansiedade de algumas pessoas em Londres estava focada no tempo de pesquisa. Ele contou que as pessoas esperavam que os resultados fossem bons para iniciar logo a imunização e, agora que foi aprovada, a maioria da população não duvida da eficácia e a fila para receber a dose está bem extensa.

“Sobre o curto período de tempo em que a vacina foi criada, o que é muito questionado por algumas pessoas que estão dizendo que seria necessário mais tempo de pesquisa, é muito simples. Todo processo burocrático por trás de um estudo científico para produção de uma vacina comum não existiu na produção da vacina contra a Covid-19. Estamos em um momento de desespero mundial e a agilidade conta para salvar vidas. Portanto, não houve burocracias e houve também investimento financeiro, esses fatores foram os que nortearam o tempo para concluir os estudos”, comentou.

Durante a entrevista, ele lembrou que no Brasil há uma certa desconfiança de algumas pessoas em relação à eficácia, mas em Londres a situação é diferente. Edson contou que que os moradores são muito confiantes no governo, na comunidade científica e no sistema de saúde. “Por isso eles se imunizam sem medo”, destacou.

Questionado sobre quanto tempo ele ainda acha que a vacina vai demorar a chegar ao Brasil, ele acredita que o tempo está relacionado às questões políticas do país.

“A demora ou não está agora totalmente ligada a uma questão política. A vacina já existe. Alguns países decidiram aprovar outras vacinas e a Pifizer foi a primeira a liberar os dados em termos de resultados e a maioria dos países está comprando da Pifzer. Ou seja, para ser bem sincero, depende muito de política, se o governo aprovar e comprar podem começar quase que imediatamente”, opinou.

Ansiedade

Edson Nogueira com os pais – Foto: Edson Nogueira/Arquivo pessoal

Edson quer logo que o Brasil seja completamente imunizado, afinal, ele vê de perto todos os dias vidas sendo perdidas para um vírus devastador que em tão pouco tempo já dizimou milhares de pessoas. Além disso, ele vê também inúmeras sequelas da Covid-19 nos pacientes, que mesmo curados, ainda vão sofrer por anos em decorrência das complicações. E a imunização no país de origem tem um motivo especial que faz com que ele ainda esteja ansioso: são os pais, que são idosos e moram em Carmo do Cajuru.

“Minha expectativa é muito grande para chegar o quanto antes no Brasil, pois meus pais são do grupo de risco e eu quero logo que eles estejam protegidos. Eles, toda a minha família e todo Brasil. Meus pais também estão muito ansiosos para que a vacinação comece o quanto antes em Carmo do Cajuru e eu sigo na torcida daqui de Londres”, finalizou.

Fonte: Do G1