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Sintram denuncia más condições para servidores do Cemitério Parque da Colina

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Em visita feita na semana passada ao Cemitério Parque Divino Espírito Santo, localizado no bairro Jusa Fonseca,  o vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram), Wellington Silva ficou alarmado com a situação que verificou no local. Falta total de higiene, condições de trabalho que colocam em risco a integridade física dos trabalhadores e ferramentas quebradas, sem condições de uso. Os equipamentos de proteção individual não atendem às necessidades da função e muitos já estão sem condições de uso.

Além disso, Wellington foi informado que aumentou muito o número de sepultamento no local nos últimos meses, exigindo ainda mais dos coveiros. O que também chamou a atenção do vice-presidente do Sintram foi o mau cheiro exalado do interior do cemitério, que dependerá de uma análise técnica para constatar sua origem.

“O que presenciamos no cemitério Parque do Divino Espírito Santo é assustador. Não precisa ser especialista para observar que os coveiros estão em gravíssima situação de risco. A falta de equipamentos básicos de proteção, as ferramentas praticamente inutilizáveis, higiene praticamente inexistente e o mau cheiro de origem desconhecida são as situações mais graves que verificamos. É preciso medidas urgentes para evitar que os coveiros que cumprem jornada diária no local sejam contaminadas pelo coronavirus e até outras doenças que podem surgir pelas precárias condições de trabalho. Vamos oficiar a Prefeitura imediatamente sobre essa situação e exigir que medidas sejam adotadas em regime de urgência e, se preciso for, vamos procurar o Ministério Público pedindo uma intervenção emergencial para que essa situação seja sanada”, afirma Wellington Silva.

A presidente do Sintram, Luciana Santos, lamenta que o Executivo não esteja cumprindo corretamente o seu papel de empregador. “A diretoria do Sindicato vem alertando e denunciando as condições precárias de trabalho que estão sendo impostas à grande maioria dos servidores. Já pedimos medidas à administração, mas o que se tem observado é que não há uma preocupação com aqueles que estão à frente dos serviços que apresentam alto risco de contágio. Sobre essas questões ligadas ao Serviço Municipal do Luto, até agora foram vacinados os agentes funerários e por que essa imunização não foi estendida aos coveiros, cuja atividade apresenta os mesmos graus de risco? Vamos continuar lutando para que o município tenha mais responsabilidade com todos os servidores, pois são eles que continuam carregando a máquina pública nesse período tão difícil para Divinópolis”, diz Luciana Santos.

Coveiros como grupo prioritário

Desde o início da pandemia, a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Divinópolis e Região Centro-Oeste (Sintram) vem fazendo gestões junto às Prefeituras de sua base, exigindo que os servidores municipais tenham a segurança necessária para o desempenho de suas atividades, especialmente com os devidos e obrigatórios Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A preocupação maior do sindicato está relacionada com os servidores que atuam em funções que apresentam maior risco de contágio, como na linha de frente de combate à covid-19, servidores de todo o sistema de saúde, agentes funerários e coveiros.

No ano passado, o vice-presidente do Sintram, Wellington Silva, fez uma maratona de inspeções nos cemitérios de Divinópolis. Na ocasião ele constatou a utilização de equipamentos inadequados para a atividade dos coveiros, higiene deficiente e outras situações de perigo que foram denunciadas ao Ministério Público.

Em março desse ano, o Sindicato enviou ofício ao secretário municipal de Saúde, Alan Rodrigo da Silva, solicitando a inclusão dos coveiros no grupo prioritário para a vacinação. Entretanto, até hoje, não houve uma resposta sobre o pedido. “Quando pedimos a inclusão dos coveiros nos grupos prioritários da vacinação, fomos motivados pelo que presenciamos nos cemitérios e pelo aumento do número de sepultamentos, especialmente a partir de janeiro desse ano. Esses profissionais trabalham diariamente sob forte tensão, pois a atividade é de alto risco de contágio. Várias cidades entenderam essa situação e já vacinaram a categoria, mas em Divinópolis ainda não tivemos nenhum posicionamento ao pedido que fizemos no mês passado”, relata Wellington Silva.