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Como jogar e estudar nos EUA? Rafa Araújo fala sobre as possibilidades do mercado

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Por Rafa Araújo

No Brasil sempre tivemos muitos garotos com sonhos de jogar futebol profissional e ganhar muito dinheiro. Mas a realidade é cruel. Temos muitos talentos no esporte, porém, no caso do futebol, que também deve ser a realidade de vários outros esportes, a grande maioria tem dificuldade de ganhar dinheiro.

Os dados não deixam mentir. Em 2018, o Brasil tinha 11.683 atletas de futebol profissional registrados. Destes, somente 132 mulheres. O custo médio para este total era cerca de 1 bilhao de reais pagos pelos clubes. Mais de 50% ganham um salário mínimo e mais de 35%, ganham até 5 mil reais por mês. Além disso, temos os altos salários para aqueles raros jogadores que ganham acima 50mil, não chegando a 3%.

Devido ao fato de termos tanto talento com poucas oportunidades, em nosso país em diversos esportes; muitos jovens foram para a América buscando oportunidades para estudar e jogar.

Quais as vantagens?

Em nosso país, sabemos da falta de investimento e/ou oportunidades para muitos esportistas. Lá fora, ninguém precisa abrir mão dos estudos para jogar nenhum esporte, inclusive de alto nível.

Grandes exemplos disso são os americanos se destacarem nas olimpíadas. O investimento vem desde o início, quando os jovens entram em escolas. As competições profissionais são o reflexo de todo um sistema desenhado para formação acadêmica de alto nível e um direcionamento igualmente forte para o esporte.

Estes jovens além de estudar e se formarem em diversos cursos, ainda tem a chance de se profissionalizar. É uma situação privilegiada para quem deseja fazer esse intercâmbio, para a escola e/ou faculdade. O país e suas instituições investem maciçamente para recrutar os melhores alunos e atletas. Não é à toa que o país norte-americano tem tantas escolas ranqueadas mundialmente.

Carreira

É fundamental que você fale inglês. O mundo exige isso. Viver nos EUA irá te proporcionar além do idioma, uma formação acadêmica de alta qualidade, com infraestrutura e tecnologia de ponta – o estudante/atleta terá todas as condições para desempenhar e aperfeiçoar seus conhecimentos para ampliar suas oportunidades profissionais, tanto no esporte, quanto no âmbito acadêmico, profissional, cultural, pessoal e por fim, potencializar suas chances de sucesso no mercado de trabalho.

Networking

Conhecer pessoas do mundo inteiro. Nos EUA é muito comum em qualquer escola ou faculdade ter uma gama enorme de pessoas estrangeiras. Já pensou em conviver com pessoas de várias partes do planeta? Conhecer outras culturas? Abrir a cabeça?! É uma experiência fantástica. E, essas pessoas muitas vezes farão parte da vida destes estudantes/atletas para o resto da vida. Eu mesmo fui padrinho de casamento de amigos que conheci na América e atualmente faço negócios com alguns ex-colegas também.

Qualquer empresa, times ou instituição de qualquer natureza vai valorizar essa experiência. Certamente é um grande passo na carreira.

Eu vivenciei tudo no futebol, e depois fui estudar e jogar fora do país. Muitas coisas mudaram depois do meu embarque. Foram anos de muitos treinos, jogos, estudos, conhecendo gente de todas as partes, fazendo amizades. Fui eleito presidente da associação dos estudantes internacionais, em Cumberland University, me envolvi profundamente com a cultura, falava inglês fluente, aprendia espanhol, me formava em administração com ênfase em negócios internacionais. Todos estes pontos influíram muito para meu crescimento pessoal e para chegar onde estou atualmente.

Posso afirmar que o esporte disciplina, amadurece e nos faz competitivos e a educação transforma e, é o passaporte para a liberdade e igualdade.

Rafa Araújo, 35 anos, é divinopolitano de nascimento. Atuou nas categorias de base do Flamengo de Divinópolis, Atlético Mineiro e América antes de ir as Estados Unidos ser jogador de futebol e estudante de administração. Atualmente é empresário e consultor de empresas na América Latina e nos Estados Unidos.