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Apple orienta técnicos a fazer reparos caros desnecessários

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Uma série de oito vídeos de treinamento da Apple direcionados para profissionais de assistência técnica revela como a empresa orienta a utilização de peças mais caras, mesmo quando as mais baratas servem, nos consertos de seus aparelhos.

As imagens, obtidas pelo Motherboard, foram baixadas diretamente da plataforma da Apple por conta de um bug que permitiu o acesso sem senha. O conteúdo mostra como os técnicos de reparos devem lidar com os clientes preocupados com os enormes custos de consertar um equipamento da fabricante de iPhones, iPads e computadores Macs.

Os vídeos enaltecem as “peças genuínas” da Apple, ao mesmo tempo que exagera nos defeitos e na ausência de qualidade de peças de outros fabricantes que eventualmente podem ser utilizadas para reparar equipamentos. O treinamento tem como objetivo dar argumentos para assistências técnicas para convencer os clientes a gastar mais, quando poderiam gastar menos.

De acordo com o Motherboard, as fábricas têm o costume de produzir peças da Apple em excesso, como telas. Boa parte dessas peças vão parar na mão de distribuidores independentes e acabam sendo mais baratas que as lojas e assistências técnicas oficiais.

Conserte você mesmo!

Os vídeos da Apple chamaram a atenção de entidades que defendem o direito dos usuários de consertar seus próprios equipamentos. O movimento ganha cada vez mais força nos Estados Unidos e luta para que os reparos possam ser realizados de maneira mais barata e independente.

Joe Biden quer estabelecer ‘direito ao reparo’ nos EUA
Nos últimos seis meses, o presidente Biden assinou uma ordem executiva para facilitar as pessoas consertarem os seus próprios dispositivos. A agência governamental Federal Trade Comission (FTC) criou uma política para que os fabricantes não restrinjam o direito de reparo no pós-venda.

Além disso, diversos legisladores estaduais estão criando projetos de lei para facilitar a realização de consertos de equipamentos pelos próprios usuários. O movimento tem ganhado apoio tanto de parlamentares democratas quanto republicanos.