O amor tem muitas faces. As faces que vemos mais freqüentemente são aquelas da paixão e do romance. Nós falamos em estar apaixonados e sentimos, também, aquele friozinho na barriga como se estivéssemos em queda livre. Mas a face de amor que eu mais aprecio não é aquela romântica, mas sim a face da devoção.
Eu vejo isto naquele casal à mesa para o jantar tendo mais uma discordância. Para assombro das crianças, o pai salta da cadeira, agarra duas folhas de papel, e diz para sua esposa, – Vamos fazer uma lista de tudo aquilo que não gostamos no outro.
Ela concordou e começou a escrever. Ele, enquanto isso, sentado e carrancudo. Ela olha para cima, pensativa e ele começa a escrever.Enquanto ela continua listando reclamações, ele olha fixamente para ela.
Novamente, enquanto ela olha pensativa para cima ele se põe a escrever no papel. Ele pára para observá-la, e todas as vezes em que capta seu olhar, ele novamente se põe a escrever.
Finalmente terminam.
– Vamos trocar as reclamações, ele disse. E entregam, um ao
outro, as suas listas.
Ela dá uma olhada em sua folha e suplica,
– Dê a minha de volta!
Em toda a sua folha ele tinha escrito: “Eu te amo, eu te amo, eu
te amo”. Suas crianças sempre se lembrarão daquele momento com
humor e carinho.
Tanto quanto aprecio o romance, é de uma devoção decidida que eu
mais preciso.
Eu gosto daquele amor que diz,
– Estarei contigo para o que der e vier!
É uma face do amor que pode ser freqüentemente vista entre pais e entre avós, entre muitos cônjuges, e até entre bons amigos. E é nesta face que, quando eu olho atentamente e perto o suficiente, que eu posso ver a face de Deus.
Se você não observou esta face do amor ultimamente, olhe bem de pertinho. Você ficará surpreso quando a encontrar!.