O Cruzeiro ainda não finalizou o acordo para atuar pelo Mineirão, para o próximo ano, mas continua próximo de tal. O status é o mesmo de meses anteriores, mas com a expectativa de ampliar o vínculo entre as partes, com a exploração de novas modalidades comerciais, segundo explicou o diretor do Mineirão, Samuel Lloyd.
“Estamos em negociação. Com ambos os clubes, Cruzeiro e Atlético, a ideia é ter contrato de longo prazo, não jogo a jogo, mas esses acordos estão em discussão”.
“No caso do Cruzeiro, a gente sempre pensa em contrato mínimo anual, ou dois, três anos. Em breve, vocês terão novidade.”
Segundo ele, o contrato com o Cruzeiro, a partir do ano que vem, terá novidades em relação à parte comercial. Tal negociação foi averiguada pela reportagem no que se refere a questão da ampliação comercial, e a administração do Mineirão confirmou.
Ainda de acordo com Samuel Lloyd, o Mineirão ficará impactado com a saída do Atlético-MG. Mas, de acordo com ele, o estádio vai se adaptar à mudança. Ainda sobre o acordo com o Cruzeiro, o diretor do estádio comentou sobre “ruídos” que houve entre as partes este ano.
“Toda vez que tem uma mudança de gestão, no caso agora uma SAF, o início sempre é conturbado. Os profissionais não entendem o papel do Mineirão, a força do nosso contrato, o que gera uma série de ruídos. O que nós sabemos é que o contrato, para o ano que vem, serão contratos que ampliam as receitas para o clube, ampliando as propriedades comerciais. Esse ano, os próprios clubes venderam as propriedades. Isso aumenta o potencial de receita, criando outras possibilidades, com vendas de patrocinadores, trazendo marcas. Movimentando o Mineirão e sendo bom para as duas partes”.
O Cruzeiro ainda acumula um passivo com o Mineirão, acumulado da associação. Segundo Lloyd, o caso ainda está sendo discutido juridicamente, já que o valor foi incluído na Recuperação Judicial do Cruzeiro.
“Tudo pode mudar, porque depende de uma estratégia jurídica. O retrato de hoje é que separamos bem um acordo com a associação e a SAF. Pode ser que, em algum momento, possamos colocar na mesma marca. Mas, hoje, para nós tratamos de forma separada. Hoje ainda está numa discussão. Não temos certeza o que vamos adotar”.
“Temos o entendimento que há um passivo em torno de R$ 10 milhões, que precisa ser pago pelo clube. O Cruzeiro é um time gigantesco, que tem toda a capacidade de gerar receita e pagar essa dívida.”
