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Sem poder contratar e em crise financeira, Cruzeiro cede jogadores importantes para outros clubes.

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O cenário financeiro caótico do Cruzeiro vem influenciando na saída de alguns jogadores, justamente no momento em que o clube não pode realizar contratações para a sequência da Série B do Campeonato Brasileiro. Em sete dias, Vitor Eudes, Airton e Matheus Barbosa deixaram a Toca da Raposa.

Desde o fim de junho passado, o Cruzeiro está punido pela Fifa em função de uma dívida com o Defensor, do Uruguai, pela aquisição de Arrascaeta, em 2015. O valor do débito é de R$ 7 milhões, os quais o clube não tem previsão de quitar.

Todos os casos tiveram influência do aspecto financeiro. Airton, por exemplo, foi repassado por empréstimo ao Ceará. Chegou a Fortaleza na noite desta quarta para exames e, se aprovado, assinará até o fim de 2022. O Cruzeiro, além de não ter que pagar os salários do atacante, receberá uma compensação financeira.

Vitor Eudes era reserva de Fábio, dono absoluto da meta cruzeirense. Ainda que o espaço para o jovem de 22 anos atuar seja pequeno, era ele, neste momento, o jogador a ser preparado para substituir o ídolo, que completará 41 anos em setembro.

Com atrasos salariais, o Cruzeiro liberou o goleiro para o Marítimo, sem nenhum retorno imediato. Vitor perdoou dívidas que o clube tinha com ele, entre salários e FGTS, e a Raposa manteve 30% dos direitos econômicos do atleta, que tinha desejo pela negociação.

De todos esses, pensando na montagem da equipe, Matheus Barbosa, na teoria, é quem mais fará falta. O volante era titular da equipe com Mozart, tendo saído apenas quando lesionou a panturrilha. Ainda que tenha sido questionado ao longo da temporada, disputou 27 partidas e marcou sete gols.

A saída pegou de surpresa o departamento de futebol cruzeirense. Mas não havia o que fazer. O contrato de empréstimo, assinado com o Avaí no início da temporada, quando André Mazzuco era diretor de futebol, permitia a saída imediata em caso de interesse da Série A. O Atlético-GO fez a proposta, o jogador aceitou e não defenderá mais o Cruzeiro.

O lado positivo das saídas é o desafogo na folha salarial. O Cruzeiro vem atrasando o pagamento para jogadores e demais funcionários de forma recorrente. Nesta quarta, o elenco recebeu uma parte do que estava em aberto. A expectativa do clube é também pagar os funcionários ao longo desta semana.