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Relatório da Kroll expõe caixa-preta do Cruzeiro, pagamentos suspeitos envolvendo familiares, amigos e despesas pessoais de ex-dirigentes do clube mineiro

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O Cruzeiro vive a pior crise de sua história. Após cair para a série B do Campeonato Brasileiro, a equipe vem sofrendo sucessivas derrotas nesta temporada e agora flerta com a zona do rebaixamento à terceira divisão. 

Ao longo da investigação, a Kroll descobriu, por exemplo, que o Cruzeiro assinou um contrato de 1,2 milhão de reais com uma empresa que teria ligações com a companheira de um ex-dirigente. Outros repasses suspeitos identificados envolveram um atleta de 13 anos de idade. Para manter em sua categoria de base o jovem talento, o clube assinou um contrato de 102 961 reais com uma consultoria esportiva cujos sócios são os pais do garoto. Além disso, o pai do jogador foi contratado como “assessor da vice-presidência”, com salário bruto de 15 000 reais. Essas transações, segundo a Kroll, seriam uma forma de burlar a Lei Pelé, que veda a remuneração de atletas menores de idade.

Além disso, foram identificados pagamentos de faturas de cartão de crédito corporativo de 1 milhão de reais — que, segundo a Kroll, não eram “condizentes com atividades regulares de representação do clube”. Há casos de gastos com casa noturna de entretenimento adulto, resorts, clínica de estética, supermercados, lojas de terno, aquisição de eletroeletrônicos e calçados. As despesas com salários também deram um salto significativo de 50% entre 2018 e 2019. Esse é um exemplo de como os desembolsos da equipe celeste passaram de 770 milhões de reais, em 2018, para 1,1 bilhão de reais.

O Cruzeiro conseguiu uma vitória provisória na Justiça, no caso em que cobra o ressarcimento de valores do ex-vice-presidente de futebol, Itair Machado, devido à contratação de um escritório de advocacia, com dinheiro do clube, para defendê-lo em ação judicial. Nesta segunda-feira, foi deferido a tutela de urgência do clube e determinado o bloqueio de R$ 49.360,01 das contas do ex-dirigente cruzeirense e também de Wagner Pires de Sá, também réu do processo.