Na noite deste sábado (23), no estádio La Nueva Olla, em Assunção, o Racing coroou sua campanha na Copa Sul-Americana 2024 ao derrotar o Cruzeiro por 3 a 1 e levantar o troféu. A final foi marcada por dois tempos distintos: domínio argentino na primeira etapa e uma reação cruzeirense no segundo tempo. Os gols do Racing foram anotados por Gastón Martirena, Adrián Martínez e Roger Martínez, enquanto Kaio Jorge descontou para a equipe mineira.
O Cruzeiro, que não alcançava uma final continental há 15 anos, viu escapar a chance de quebrar um jejum internacional que persiste desde 1998. Além disso, o time mineiro perdeu a oportunidade de completar sua coleção de títulos com a única taça sul-americana que falta ao clube. A derrota também marca o Cruzeiro como o oitavo brasileiro a ser vice-campeão da Sul-Americana.
Confira a tabela final da competição
Agora, sem vaga assegurada na Libertadores, a equipe comandada por Fernando Diniz volta seu foco para o Brasileirão, onde ocupa o 7º lugar, apenas um ponto à frente do Bahia. Na próxima quarta-feira (27), a Raposa recebe o Grêmio no Mineirão em um confronto direto por uma vaga no G7.
Já o Racing celebrou o fim de um jejum de 36 anos sem títulos internacionais, consolidando sua reconstrução após enfrentar graves dificuldades financeiras no final do século passado. O clube de Avellaneda se junta a um seleto grupo de times sul-americanos que já conquistaram tanto a Libertadores quanto a Sul-Americana, um feito alcançado por apenas oito equipes. Além do troféu, a Academia garantiu sua presença na fase de grupos da Libertadores de 2025.
Racing domina o primeiro tempo
O jogo começou de forma desastrosa para o Cruzeiro, que sofreu com
a pressão alta imposta pelo Racing. Com dificuldades na saída de
bola e vulnerável às investidas nas costas da defesa, o time
mineiro viu os argentinos marcarem logo aos cinco minutos, mas o
gol foi anulado por impedimento.
A anulação, porém, não trouxe alívio para o Cruzeiro. O Racing seguiu superior e abriu o placar com Gastón Martirena, que tentou cruzar, mas viu a bola enganar o goleiro Cássio e entrar. Pouco depois, os argentinos ampliaram com Adrián Martínez, que aproveitou cruzamento rasteiro de Maximiliano Salas para marcar.
Mesmo com a desvantagem, o Cruzeiro tentou reagir e criou chances antes do intervalo, mas parou no goleiro Villalba e pecou nas finalizações.
Reação cruzeirense é insuficiente
No segundo tempo, o Cruzeiro voltou mais ligado e conseguiu
diminuir com Kaio Jorge, após bela jogada de Matheus Henrique e
Matheus Pereira. Empolgado, o time mineiro quase empatou logo em
seguida, com Matheus Pereira arriscando de fora da área.
Entretanto, a reação parou por aí. O Racing conseguiu controlar o ritmo do jogo e esfriar o ímpeto do Cruzeiro. Nos acréscimos, com o time brasileiro totalmente exposto, Roger Martínez aproveitou para selar a vitória e garantir o título.
A conquista consolida o Racing como uma das potências do continente e deixa o Cruzeiro com lições a tirar para o restante da temporada. Enquanto um celebra a glória internacional, o outro tenta se reerguer para buscar seus objetivos no Brasileirão.