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Pepa vai mostrando o “novo” Cruzeiro.

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Em fase inicial de trabalho no Cruzeiro e no futebol brasileiro, Pepa ainda desperta curiosidade de torcedores e jornalistas no que diz respeito à parte tática. Deu uma primeira mostra contra o Bragantino, em amistoso, e também em treinamento aberto a impresa, na Toca da Raposa.

Na coletiva de apresentação no Cruzeiro, Pepa não escondeu sua preferência por atuar no 4-3-3, com dois pontas e um centroavante. Tanto o jogo quanto o treinamento reforçam o discurso do treinador. Mas, na Toca, foi possível observar algumas tendências em relação a esse esquema.

A primeira delas é a preferência do português em trabalhar com “pontas invertidos”. Ou seja, um canhoto atuando pela direita, e um destro jogando na esquerda. Essa situação faz com que o lateral tenha o corredor livre para chegar ao fundo, bem como dá ao extremo mais possibilidade de jogar por dentro, finalizando com a melhor perna e também buscando conexão com os meias centrais e o centroavante.

Em uma parte do treinamento na Toca da Raposa, focada em produções ofensivas, foi possível notar Nikão e Bilu como opções na direita, com Bruno Rodrigues e Stênio na esquerda. Importante citar a presença de Bruno Rodrigues na canhota. Foi por ali que ele rendeu mais na Série B de 2022 e também apareceu bem em alguns jogos na atual temporada – como diante da Caldense. Por desgaste físico, ele foi desfalque contra o Bragantino.

Naquele amistoso, inclusive, houve destaque de outro jogador com a perna esquerda dominante, atuando pelo lado direito do ataque: Daniel Jr. Na atividade da Toca, ele foi opção jogando como centralizado, assim como foi Mateus Vital em Bragança. Também por ali apareceu Juan Christian, que era usado aberto com Pezzolano. Ele ficou fora do amistoso.

E por falar nos meias centrais, foi possível notar o trabalho de Pepa para que esses jogadores sejam presenças constantes no setor ofensivo. Uma parte da atividade influenciava o meia a se aproximar do centroavante para tabelas; em outra, esses jogadores chegavam na área – ou até a entrada dela – para finalização, quando os laterais estavam no fundo.

Neste sentido também foi possível notar a busca do treinador português para que o Cruzeiro “preencha” mais a área adversária. Sempre que o lateral chega ao fundo, estão por lá o centroavante, o meia e o extremo do lado aposto. O segundo volante chega, no mínimo, à meia-lua.

Na segunda parte da atividade, com pequenos jogos em campo reduzido, o acabamento das jogadas foi algo muito cobrado. Não só pela comissão técnica, mas entre os próprios jogadores. Cobrança por definir mais rapidamente as armações e por tentar mais arremates ao gol.

Sem a bola no pé, muitos gritos dos atletas e de Pepa para que houvesse a busca imediata por retomar a posse, quase sempre com mais de um atleta na marcação, protagonizando jogadas firmes. Também foi possível ver que o treinador tem trabalhado Jussa como opção na zaga, assim como o fez diante do Bragantino. Reynaldo ainda está em transição, após lesão muscular. Ambos são canhotos e devem disputar vaga no time com Castán.

Na quinta-feira, o Cruzeiro vai ter o segundo teste com Pepa no comando do time. Será um jogo-treino com o Juventude, também na Toca, mas sem presença de jornalistas. Na próxima semana, a equipe estreia na Copa do Brasil, diante do Náutico, e no Brasileirão, frente ao Corinthians. Ambos os jogos serão longe de Belo Horizonte.

A abertura do treinamento dessa terça-feira à imprensa foi uma iniciativa do Cruzeiro, que pretende seguir com a situação ao longo da temporada. Ainda não foi definida a periodicidade, mas a tendência é de que ocorra em semanas com apenas uma partida.

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