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O encontro com o Ex.: Cruzeiro e Felipe Conceição.

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Era noite de 9 de junho. O Cruzeiro, de forma vexatória, foi eliminado pela Juazeirense, da 4ª divisão nacional, na Copa do Brasil. Depois da partida, o presidente anunciou a saída de Felipe Conceição. Passaram-se 40 dias, e a Raposa reencontrará o ex-comandante, hoje técnico do Remo. Mineiros e paraenses se enfrentam nesta terça-feira, no estádio Baenão, pela 13ª rodada da Série B.

E a passagem de Felipe Conceição pela Toca da Raposa gerou polêmicas, inclusive com jogadores. Situação, esta, que ajudou a minar o trabalho do treinador, que também não conseguiu engrenar uma sequência de boas atuações e resultados.

Assim como ocorreu no Bragantino, Felipe Conceição se desgastou com o elenco do Cruzeiro. As mexidas abruptas no time – fosse na escalação inicial ou no decorrer das partidas – e a saída de alguns jogadores dos planos foram os principais motivos de insatisfação.

Ao longo da trajetória dele, Marcelo Moreno, que é um dos maiores líderes do elenco, recebeu poucas oportunidades. Chegou, inclusive, a ficar fora dos relacionados em algumas partidas. Felipe Conceição recebeu, entretanto, uma lista dos jogadores que contaria e estaria à disposição, sem a presença de Moreno nela.

E não foi caso isolado. No último mês da passagem de Conceição pela Toca, três jogadores estavam treinando separados do elenco: Ariel Cabral, Lucas Ventura e Thiago. Os dois primeiros foram titulares diante do Avaí, no sábado.

Alguns atletas que iniciaram os trabalhos na era Felipe Conceição também perderam espaço ainda com ele. Eduardo Brock e Marcinho são exemplos. O meia, inclusive, pediu para deixar o Cruzeiro e acertar com o CSA. Rodrigo Pastana o reintegrou ainda com Felipe Conceição no comando e, com Mozart, ele é peça fundamental.

Algumas situações em campo também externaram a insatisfação do grupo com escolhas do treinador. William Pottker é um exemplo. O atacante marcou um gol contra o Coimbra e colocou a mão na orelha, virando-se para o banco de reservas.

Pottker deixou o Cruzeiro emprestado ao Al Wasl. O Cruzeiro desejava a liberação, pois começaria a desembolsar cerca de R$ 400 mil por mês pelos salários do atacante. Rafael Sobis foi outro que também reclamou de ser substituido. 

A contratação de jogadores já conhecidos por ele – e a rápida utilização dos mesmos – também gerou insatisfação. Joseph é um exemplo. Foi anunciado como lateral-direito, acabou rapidamente usado na zaga e não correspondeu. Não vem sendo sequer relacionado por Mozart.

Após a saída, Felipe Conceição publicou uma mensagem de despedida nas redes sociais e alegou que não tinha autonomia para realizar o trabalho na Toca da Raposa.

A saída de Felipe Conceição, em si, também é motivo de polêmica até hoje. O Cruzeiro tratou a situação como uma decisão em comum acordo. Vale lembrar que o regulamento da Série B permite que cada clube demita apenas um treinador na competição.

Menos de um mês depois da saída do Cruzeiro, Felipe Conceição acertou com o Remo para a disputa da Série B. Em meio à demora para registro do treinador, ele acionou Câmara Nacional de Resolução de Disputas, alegando que não aceitou o acerto em comum acordo para a saída. O Cruzeiro foi intimado para publicar a rescisão no BID, e o técnico, enfim, foi registrado pelo Remo. Ainda hoje, Sérgio Santos Rodrigues, presidente do clube celeste, alega que a decisão de saída foi aceita por Conceição.

A situação influencia diretamente na atual situação do Cruzeiro, visto que, caso Mozart Santos seja demitido pela diretoria, o time só poderia ser comandado na Série B por algum funcionário que esteja no clube há pelo menos seis meses.

O atual comandante chega para o jogo contra o Remo muito pressionado. A equipe não vence há seis rodadas, está dois pontos acima da zona de rebaixamento da Série B e, na última rodada, foi derrotada por 3 a 0 para o Avaí, em casa.