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Ministério Público vai investigar o Cruzeiro

O Ministério Público de Minas Gerais abriu procedimento para investigar atos da diretoria do Cruzeiro, denunciados em reportagem há um mês. O órgão acompanha de perto também as ações da Polícia Civil, que realiza inquérito para também apurar irregularidades cometidas na gestão de Wagner Pires de Sá e Itair Machado à frente do clube celeste.

Em nota, o MPMG informa que “há procedimento investigatório criminal em andamento para apurar possíveis irregularidades praticadas por dirigentes do clube. As investigações estão em fase inicial, e não há mais detalhes a serem fornecidos no momento. O MPMG também acompanha inquérito conduzido pela Polícia Civil”.

A assessoria do Ministério Público informou que tudo está em fase inicial. Apesar de a abertura do procedimento investigatório ter ocorrido em 3 de de junho, o andamento da situação ainda está na fase de diligências, ou seja, ouvir testemunhas e solicitar documentos da diretoria celeste, que passa por forte crise.

Em resposta, o Cruzeiro se posicionou da seguinte maneira: “O Cruzeiro EC está, como sempre esteve, à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos necessários a respeito de suas atividades e reitera que esta gestão não cometeu nenhuma irregularidade, respeitando sempre a legislação vigente no país”.

Além da Polícia Civil e agora do MPMG, pessoas ligadas à condução administrativa do Cruzeiro também estão na mira da Polícia Federal, por meio da Operação Escobar. O presidente Wagner Pires de Sá, por exemplo, já foi ouvido pela PF e passou a ser investigado na condução do caso.

 São quase 200 páginas de contratos e planilhas de controle interno da administração do Cruzeiro. Os documentos estão sendo investigados pela Polícia Civil. Há evidências de que a diretoria do Cruzeiro quebrou regras da FIFA e da CBF, no âmbito do futebol e do Governo Federal, por meio do Profut. Os dirigentes também praticaram aumentos seguidos dos próprios salários, com o aval da presidência da Raposa.

Um dos pontos mais graves da denúncia é o contrato com um empréstimo, assinado pelo Cruzeiro com um empresário, que recebeu da diretoria cruzeirense os direitos econômicos de dez jogadores, entre elenco profissional e categorias de base, prática proibida pela Fifa. Entre eles está o garoto Estevão Willian, de 12 anos, que ainda não tem contrato profissional com o clube.

Recentemente, o ex-senador Zezé Perrella, que preside o Conselho Deliberativo do Cruzeiro, solicitou reunião extraordinária dos conselheiros pata analisar o afastamento do Presidente e de sua diretoria.

Wagner rebateu e convocou outra reunião para dar as próprias explicações sobre as denúncias. O técnico Mano Menezes admitiu que a crise institucional tem influenciado o time em campo. O Cruzeiro vem de nove jogos sem vencer e ocupa a zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro.