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Lateral Mariano é o novo titular do Atlético?

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Mariano chegou ao Atlético no meio de 2020, solicitado por Jorge Sampaoli, e houve quem apostasse que o experiente lateral direito assumiria a titularidade de imediato. Não aconteceu. Guga seguiu no time principal, e Mariano fez só 11 partidas em toda a temporada sob comando do argentino. A assiduidade em campo aumentou muito em 2021. Já são 10 jogos em 13 possíveis na temporada. O próprio Mariano ajuda a explicar o que mudou.

“O Sampaoli tinha um estilo de jogo em que o lateral fazia o terceiro zagueiro. Penso eu que, pela minha característica de atacar mais, e de perder um pouco a velocidade, o Guga, por ser um jogador mais jovem e por ter uma velocidade (maior), (foi o escolhido como titular). Penso que foi isso. O estilo de jogo do Cuca é bem diferente. É uma formação de linha de quatro (na defesa). Os laterais saem opostos, não juntos. Às vezes sim, juntos, mas não sempre” 

“É uma formação que eu estava mais acostumado a jogar. Vinha jogando assim na Turquia, os três anos que fiquei lá. Nessa formação com linha de quatro. Tive uma sequência boa no Mineiro, tive mais jogos. Com o Sampaoli, não tive essa sequência, mas sempre respeitei (as decisões) e vou respeitar, mesmo quando as opções foram pelo Guga estar jogando, e eu ficando na reserva. Vim pra ajudar o Atlético, e esse é meu pensamento”.

Assim como Jorge Sampaoli, Cuca também já havia comandado Mariano antes de trabalharem juntos no Atlético. Foi em 2009, no Fluminense. Com o atual treinador, ao contrário do que aconteceu durante a passagem do argentino, a disputa por titularidade na lateral direita está totalmente aberta. Outro fator apontado por Mariano para a evolução é a readaptação ao futebol brasileiro, segundo ele, já concluída.

-“Já vou pra quase um ano neste retorno ao Brasil. Tem uma adaptação. Creio que já estou adaptado ao estilo de jogo do Brasil, do Mineiro, da Libertadores. Hoje, me considero, sim, adaptado e pronto pra jogar e ajudar o Atlético. Já tenho 10 jogos no começo da temporada. Isso é importante. É estar crescendo, ajudando. O mais importante é começar a temporada jogando, estando junto dos companheiros e no mesmo ritmo”.

Jogador Partidas Como titular Atuando 90 minutos Minutagem total (sem acréscimos)
Guga 5 4 2 324
Mariano 6 4 2 415

Sobre a tabela acima, vale lembrar que é uma comparação feita a partir do duelo com o Coimbra, quando Cuca estreou. Antes disso, o Galo foi comandado por Lucas Gonçalves e teve um time alternativo em campo, com atletas da base ou que pouco atuaram em 2020. Nesse time, enquanto Guga curtia férias, Mariano disputou as quatro partidas possíveis, jogando os 90 minutos em todas (URT, Tombense, Uberlândia e Patrocinense).

Vale destacar, também, que Cuca tem nove jogos pelo Atlético, mas o “placar de titularidade” de Guga e Mariano está empatado por 4 a 4 porque o garoto Talison foi titular contra o Pouso Alegre (e substituído, no intervalo, por Mariano naquela ocasião).

  • Galo mais leve depois de vencer o América de Cali

“Vitória é sempre bom. A gente vinha buscando a vitória na Libertadores. No Mineiro, tivemos somente duas derrotas. Esse jogo era muito importante, contra o América. A gente sabia da importância do jogo, sabia da grandeza que era vencer. Conseguimos, teve evolução, construímos. Os gols foram em jogadas bonitas, que resultaram em gols. Vitória é sempre bom. Estamos tendo dias de preparação para a semifinal do Mineiro tranquilos, alegres. Estamos focados no Tombense. Jogo difícil no sábado”.

  • Características do Tombense

“Tive o privilégio de jogar lá, contra o Tombense, na casa deles. Ano passado também, na final, joguei contra eles. É um time bastante veloz, que defende bem. E é o jogo da vida dos caras. Eles têm o Campeonato Mineiro como chave, e esses jogos contra o Atlético, jogos contra times grandes, eles têm que dar o máximo. A gente está preparado, focado. Vamos encarar a semifinal com grande importância. Nosso objetivo é buscar o título do Mineiro. Vamos encarar da melhor maneira possível esse jogo contra o Tombense, respeitando eles, mas colocando nosso jogo em prática também”.

  • O Atlético foi melhor defensivamente pela direita contra o América de Cali? Cuca te pediu uma preocupação maior defensiva?

“Sim. A gente viu o jogo do América, sabia que eles tinham um extremo bastante veloz, rápido. A gente se preocupou, sim, em ter uma marcação melhor. Nesse tempo que pude jogar na Europa, pude aprender também a defender, a ter essa linha de quatro mais fixa. O Cuca passou isso pra mim, que queria em primeiro lugar a parte defensiva minha, e depois, com o decorrer do jogo, poder atacar. Foi assim que aconteceu. A gente, do lado direito, cumpriu nosso papel, com a ajuda do Igor (Rabello) também. No meu modo de pensar, a defesa por completo foi bem. Tivemos um sufoco no finalzinho, que é normal em jogo de Libertadores, mas o time soube sofrer, e nosso objetivo foi alcançado”.

  • Questionamentos de parte da torcida sobre o trabalho de Cuca

“Tem a cobrança em cima do Cuca porque no Atlético, pelo que foi investido, a cobrança é normal. O treinador que chegar aqui vai ser cobrado igual também, porque ele faz parte do grupo. A gente tinha uma forma de jogar com o Sampaoli, ele chegou e está colocando a forma dele de jogar. Isso é natural. Sabemos como é a torcida do Atlético, exige bastante. Quando não vem o resultado, a cobrança aumenta. Creio eu que o Cuca está tranquilo, como nós, jogadores, estamos tranquilos, porque sabemos do nosso potencial. Tivemos uma vitória importante, em que o time soube jogar, mostrar o que temos de valor. É isso. Quando você está em time grande, tem cobrança. Dos jogadores, do treinador, da torcida, do presidente, do diretor. A cobrança com respeito é válida”.

  • Foco na Libertadores

“Todos que estão jogando a Libertadores focam a Libertadores. Nós não somos diferentes. Nosso foco, sim, é a Libertadores. E vamos focar, porque é um campeonato mundial. O mundo inteiro acompanha a Libertadores, sabe da grandeza. É (como) uma Champions League. Conversamos, sim, no vestiário, sabemos da importância que é. Dificilmente o jogador vai chegar pro treinador e falar: “Hoje não quero jogar (em outra competição), porque vai ter o jogo da Libertadores, e quero jogar na Libertadores”. Quem tem esse comando é o treinador. Claro que ele vai também pedir opinião aos médicos e à fisioterapia. Mas cada um sabe seu limite e onde pode ter uma conversa saudável”.

  • O Atlético tem obrigação de ser campeão mineiro?

“Obrigação, não. Tem outras equipes também brigando pelo título. Mas a gente sabe da responsabilidade e da grandeza do Atlético. Somos a equipe grande, com todo respeito às outras equipes, e vamos entrar em todos os torneios que a gente disputar pra ser campeão. O Campeonato Mineiro não é diferente. Obrigação eu não vejo, mas respeito a opinião daqueles que enxergam dessa maneira”.