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Felipão destacou após derrota que elenco do Cruzeiro não era para subir e série C ainda pode acontecer.

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Duas perguntas, duas estratégias. Questionado sobre a reunião entre elenco e diretoria, na última quinta-feira, a estratégia do técnico Felipão foi a de desconversar. No entanto, o mesmo não ocorreu quando o questionamento passou a ser sobre a qualidade de algumas peças. Sem meias palavras, o treinador revelou que alguns atletas possuem dificuldades de entender o que é passado pela comissão técnica.

Após perder para o Juventude, que impediu matematicamente o acesso, o treinador não se furtou em criticar a qualidade do atual grupo, expondo que “dois ou três” jogadores têm dificuldade de entender o que é repassado e que, por isso, o time nunca teve condições de brigar por vaga na Série A.

“Estamos tentando tirar (mais do time), fizemos trabalho toda a semana, trabalhos com afinco, correção, ensinamentos, mas ensinamentos, às vezes, não tão captáveis assim, principalmente para dois, três jogadores, que têm tido atuações que deixam a gente muito preocupados. Acontece um erro, porque, até os 20 minutos, o Juventude não tinha uma bola dominada. Tivemos um deslize no lado esquerdo e tomamos o gol. Não estou entregando nada, não estou fazendo nada diferente do que fazia. Apenas que estou tentando acrescentar algo, que será um pouco mais difícil para alguns jogadores esse ano e, quem sabe no futuro, para esses jogadores”.

Um dos jogadores citados nas perguntas da coletiva foi o lateral esquerdo Matheus Pereira, que fez o pênalti em Capixaba, no primeiro tempo, e foi substituído no intervalo. Apesar de não ter mencionado o nome do jovem atleta, o treinador relembrou o lance da marcação do pênalti, revelando que a situação foi “altamente estudada e falada”.

“Penso que o domínio de jogo foi do Cruzeiro, mas não tivemos qualidade no passe final, no cruzamento final, na finalização. Mas o domínio foi todo do Cruzeiro, desde o início do jogo, até quando sofremos o pênalti, em situação altamente estudada, falada. Acho que foi um dos bons jogos do Cruzeiro, mas somente tivemos isso, arremate final. Por causa disso, não conseguimos fazer o nosso gol”.

Apesar de ter destacado o domínio de jogo, Felipão disse que o grupo atual não tem condições de brigar pelo acesso. Para ele, escapar do rebaixamento é uma grande vitória do Cruzeiro na Série B.

“Tivemos a oportunidade de sonhar com mais, mas não temos qualidade para sonhar com isso. Temos que saber dimensionar onde podemos chegar, neste momento. Tomara que possamos chegar no próximo jogo, sair da situação que aflige, para que cumpra o papel, que é tirar o Cruzeiro da Série C. Nove vezes o Cruzeiro esteve na (zona do rebaixamento para) Série C, e não entrou mais. Tomara que a gente consiga tirar da Série B. E, como aconteceu o ano, do jeito que tudo procedeu, é uma grande vitória”.

Scolari citou que a falta de qualidade já é de consciência, não só da comissão técnica, como também da diretoria do clube mineiro. Segundo ele, a falta de qualidade é que tirou os pontos do clube.

“Falta-nos a qualidade em determinadas situações de jogos. Somos sabedores, já notamos, vimos, conversamos com a direção e conversamos com os nossos atletas também. Determinadas situações, temos bola dominada e não conseguimos fazer: passe, chute e interceptação. Essas coisas é que vêm nos tirando pontos para ficar distanciados, tranquilos. Nós, quando começamos, sabíamos que tínhamos deficiência, mas não tão acentuadas como tem sido apresentadas”.

Por fim, perguntado sobre a questão emocional do Cruzeiro, Felipão voltou a temática para a qualidade do grupo.

“Emocional poderia prejudicar mais, quando tínhamos chances. Não temos chance mais de classificação, só de fazer bom campeonato até o final, sair do sufoco da Série C, que estamos enfrentando desde a chegada, melhoramos e depois voltamos. E, muitas vezes, não é o emocional, muitas vezes é a qualidade final. Temos que aprender tudo com isso para não cometer os erros. Só isso”.

A derrota para o Juventude deixou o Cruzeiro, novamente, com 44 pontos na Série B do Brasileiro. Faltando três rodadas, a equipe pode terminar a 35ª rodada a seis pontos da zona do rebaixamento.