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Executivo de futebol do Atlético diz que time estará na “cabeça” de todas as competições.

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O Atlético-MG irá estrear no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil nos próximos dias. Uma pausa na Libertadores, com a taça do Campeonato Mineiro já na sede de Lourdes. No quadro de objetivos traçados no começo da temporada, o primeiro semestre caminha para ser o melhor possível no clube. Em entrevista o diretor de futebol Rodrigo Caetano fala sobre o atual momento do Galo.

Na última terça-feira, o clube, já campeão estadual, confirmou a melhor campanha na Libertadores. Desempenho recorde da história do Galo nesta etapa do torneio (16 pontos). Se existem críticas, não se comparam ao que aconteceu no início da caminhada, quando houve derrota pro Cruzeiro e empate na Venezuela. A confiança no trabalho de Cuca e dos jogadores saiu da parte interna para contagiar a torcida.

“O que o Atlético tinha para conquistar até agora? O Campeonato Mineiro conquistou. A liderança do grupo (da Libertadores) e a melhor campanha geral (da fase de grupos). E o Atlético conquistou” – Rodrigo Caetano.

“Nossas posições são muito mais para dentro do que para fora. E a confiança nesse elenco, no trabalho do Cuca, era total. Uma questão realmente que era de início de trabalho, mudança de filosofia e metodologia. Estamos muito mais próximos do modelo que o Cuca idealiza do que distantes” – disse o diretor de futebol.

O Atlético ainda irá conhecer o adversário nas oitavas de final da Copa Libertadores, e fatalmente será um time classificado em segundo lugar do seu grupo, podendo ser, inclusive, o Cerro Porteño. O sorteio acontece na próxima semana, quando o Galo estará imerso no Brasileirão e na Copa do Brasil. Um segundo semestre de fome por títulos, e com motivações solidificadas em formato de bicampeonato mineiro e marcas alcançadas no torneio da Conmebol.

O Atlético é campeão mineiro e depois consegue a primeira colocação geral da Libertadores. Qual a sua avaliação estando inserido no grupo de trabalho do clube?

“Foi o que eu falei para os jogadores e comissão técnica. Nós tínhamos dois grandes objetivos antes do início do Brasileiro. Primeiro seria ser campeão mineiro, e fomos com o melhor ataque, melhor defesa e melhor campanha. Título indiscutível, de uma grande campanha, que começou lá atrás, e faço menção que o Galo usou vários jogadores nessa caminhada, se dividiu nas primeiras rodadas, usando jogadores que não tiveram recesso, depois com a entrada dessas peças que descansaram. Além da conquista, tem o mérito do elenco, que rodou muito. Jogadores que não estão mais aqui, que foram emprestados, foram campeões. Esse título tem muita relevância para a gente”.

“O outro grande objetivo que tínhamos era ser primeiro lugar (do grupo) na Copa Libertadores. Conseguimos algo a mais, que é ser líder geral. Uma etapa que finalizamos é de objetivos conquistados. A Libertadores só volta depois da Copa América, e vamos iniciar outros campeonatos, nos quais o Galo precisa estar na cabeça. Essa é a rotina de um grande clube, com grandes aspirações. E vamos fazer de tudo para que nossa caminhada siga assim”.

Se voltarmos no tempo, há um mês e pouco, o Atlético perdia o clássico pro Cruzeiro, empatava na estreia da Libertadores. Parecia uma fase turbulenta, mas a realidade mudou totalmente. Como foi o trabalho na direção do futebol?

“Minha atuação no departamento de futebol é sempre com a intenção de, justamente, blindar nosso grupo de jogadores e comissão técnica. Para que o externo não interfira, para que a gente encontre nossas soluções aqui dentro. Nossas posições são muito mais para dentro do que para fora. E a confiança nesse elenco, no trabalho do Cuca, era total. Uma questão realmente que era de início de trabalho, mudança de filosofia e metodologia. Estamos muito mais próximos do modelo que o Cuca idealiza do que distantes. A equipe vem sofrendo poucos gols. Quatro jogos sem tomar gols, ótimo ataque, transição rápida. Jogadores de frente sendo artilheiros, todos eles. Tivemos gols de Marrony, Sasha, Vargas, Savarino, Hulk, Keno. Todos fazendo gol nos últimos jogos. O próprio Tardelli, antes de lesionar, fez gol. Mostra que estamos no caminho certo”.

“Se tivermos claro o que queremos, onde estamos e onde queremos chegar, a gente vai respeitar sempre as críticas, a opinião do torcedor. Mas quem tem que encontrar as soluções somos nós mesmos”.

O cartão amarelo para Allan já foi modificado?

“Estamos trabalhando. Na verdade, o Atlético busca reparar um equivoco, né? Não seria “tirar do Allan e colocar no Arana”. Não. Na verdade, é fazer justiça. Estamos trabalhando neste sentido, sim”.

Como avalia a Libertadores 2021 no geral e as perspectivas do Galo? O Pote 2 terá times tradicionais.

“No que diz respeito ao sorteio, será na semana que vem, provavelmente. Cada país da América do Sul vive um problema particular. Muito difícil analisar, medir forças neste momento. Argentina enfrentando seus percalços, Colômbia da mesma forma, talvez nem tanto o Equador, mas a Venezuela do mesmo jeito. Acho que, assim como no ano passado, a Libertadores foi atípica, essa permanece do mesmo jeito. Difícil fazer prognóstico. Às vezes você acha que, ao pegar um time de camisa pesada, você terá mais dificuldade. Mas daqui a pouco são os clubes de menor expressão que estarão em ambiente (melhor), num país com impacto menor no futebol. Como você vai avaliar o River Plate, por exemplo? Teve um surto de Covid. Não podemos avaliar o River Plate de agora com o River Plate sem esse problema. E não tem como administrar. Difícil de projetar. Prefiro não fazer avaliação agora. Tem logística envolvida. O que posso garantir é que a gente não medirá esforços ou fará economia para ter a melhor logística, a melhor condição possível aos nossos atletas nessas oitavas de final da Copa Libertadores, bem como na Copa do Brasil, que irá iniciar, e o Brasileiro”.

“O que poderia ser uma super vantagem de trazer todos os jogos (decisivos) para dentro de casa, pela ausência de público, não existe esse todo privilégio, ainda que há algum. O que o Atlético tinha para conquistar até agora? O Campeonato Mineiro conquistou. A liderança do grupo (da Libertadores) e a melhor campanha geral (da fase de grupos). E o Atlético conquistou”.

“Exato. Fomos primeiro lugar do Mineiro, melhor campanha, melhor defesa e melhor ataque. O que tinha para conquistar no momento, o Atlético o fez. Lógico que não gostamos de trabalhar com expectativa, pois com ela pode vir frustração. Mas posso afirmar ao torcedor do Galo, para toda a Massa, é que nós vamos disputar tudo com a mesma gana, raça, para tentar ganhar. No que tiver condições de chegar, vamos chegar. Só não posso garantir ou prometer nada. O primeiro corte da temporada é altamente positivo, até o momento”.

Brasileiro e Copa do Brasil com desfalques no começo.

“(Vamos perder) até seis (jogadores)”.

Há os convocados definidos para Eliminatórias, e a Copa América logo em seguida. E também jogadores chamados à seleção brasileira olímpica.

“É assim. Analisamos que temos um bom elenco. Chegou a hora de vários outros jogarem. Quer dizer, todos estão jogando, mas chegou o momento desses terem mais minutagem. Se você me perguntar: “Você prefere ter elenco com convocáveis para suas seleções?” Óbvio que sim. Significa que temos um elenco de muito bom nível na mão. Há o bônus e o ônus. Não dá pra pensar em evitar contratar jogadores de seleção, por conta de desfalques lá na frente”.

O presidente Sérgio Coelho disse que o clube não iria solicitar adiamento de partidas na CBF. Você pensa igual, imagino.

“Não iremos fazer esse tipo de movimento, sob pena de pagar essa conta lá na frente, acumulando jogos, gerando desgaste maior. Correndo risco de lesão. Vamos seguir, ao menos por agora, o ritmo normal. Muito melhor perder um jogador por convocação do que por lesão, igual foi o Rafael. Esse sim, a gente lamenta. Convocação é comprovação do bom elenco que temos. Dois laterais na seleção olímpica (Guga e Arana). Imagine se não tivéssemos o Mariano e o Dodô, por exemplo. São jogadores, laterais tão titulares quanto os que estão jogando. Jogariam em qualquer outra equipe do futebol brasileiro. E é mérito de quem monta o elenco. Vamos entrar na parte profissional, o Rui Costa, Alexandre Mattos. E vamos dando continuidade ao trabalho que foi feito. É assim que monta o elenco, com o passar dos anos. Quando você vê que a curva de contratações abaixa, diminui, é porque o clube está cada vez mais bem servido, satisfeito com o elenco, e as contratações que possam ocorrer futuramente passam a ter nível de acerto bem maior”.