O Atlético tropeçou pela primeira vez nesta edição da Libertadores. Na estreia em casa, o time empatou por 1 a 1 com o América, no Mineirão. Jogo com emoção e gol de empate no final. Turco Mohamed explicou quais eram suas pretensões e admitiu surpresa com a postura do rival.
Normalmente, o Galo tem entrado com ao menos um jogador de velocidade pelo lado do campo. Não ocorreu isso nessa quarta-feira. Com ausência de Keno por dores no quadril, ele escolheu Vargas para ser titular. Turco disse que esperava outra postura do América, que anunciou Vagner Mancini na terça-feira.
“Não tínhamos uma referência de como iam jogar, por isso escalamos uma equipe com mais jogo por dentro para buscar associações e desordenar as marcações individuais. Mas não foi assim.”
“Jogaram em um terço baixo do campo. Em um chute longo fizeram o gol, assim é o futebol. Tivemos muita posse, determinação, mas não tivemos precisão no término das jogadas.
O treinador alvinegro explicou que a escolha por Vargas visou ter mais companhia para Hulk, a possibilidade do chute de média distância, além de dar mais campo aos laterais para chegarem ao fundo e fazerem cruzamentos.
“A ideia era de que o Vargas se associasse com o Hulk, encontrasse um chute de fora. É um jogador de hierarquia. A ideia era a profundidade do Arana e do Mariano, era o plano no primeiro tempo”.
Turco também disse que a estratégia no segundo tempo foi cruzar mais bolas, o que faltou no primeiro, segundo ele. O treinador também destacou a postura do time em relação à entrega.
“No segundo tempo, a estratégia foi cruzar a bola. O primeiro tempo não, jogamos como jogamos sempre, faltou cruzar mais a bola, porque estavam muito fechados, e havia espaços pelos lados. Tivemos muita posse de bola, tivemos determinação. Temos que destacar a atitude da equipe, que nunca se dá por vencida”.
Apesar de o Atlético ter conseguido o empate já com o jogo caminhando para o final, Turco Mohamed não considera que a estratégia de jogo deu errado. O vacilo do time, na visão do treinador, foi a falta de pontaria.
“Não é que não saiu bem, mas não tivemos contundência. Mas tivemos 600 passes, mais de 20 chutes a gol, não sei quantos escanteios… levamos só um chute no gol. Em um momento tivemos impressão de que estava desordenado defensivamente por conta da transição em velocidade, mas não foi assim. Houve uma que foi gol”.
“O plano não esteve mal, mas não pudemos concretizar a chance em gol antes do rival. Mas eles também tiveram uma boa atuação.”