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Di Santo é apresentado no Atlético

O Atlético apresentou, na manhã desta terça-feira, o atacante argentino Franco Di Santo, de 30 anos. O grandão (1,93m) chegou animado e, apesar dos poucos dias de Cidade do Galo, já parece ambientado. Deu uma entrevista descontraída e até revelou apelidos que ganhou durante a carreira. “Cabeção, senhor lápis (risos). Vamos usar o Franco. Estamos bem assim”.

Di Santo chega, a princípio, para brigar por posição com os outros centroavantes do elenco (Ricardo Oliveira, Alerrandro e Papagaio). É nessa função que o argentino se sente melhor. Jogar como um segundo atacante, por exemplo, só em caso de necessidade.

– Sempre fui 9, até por ser alto, mas sou um jogador que vem para somar. Se em algum momento for necessário que eu jogue em outra posição, farei. No meio, na ponta. Se o técnico necessitar por alguma lesão, vou fazer. Quero que a equipe vá bem. Mas prioritariamente sou número 9.

Sobre suas características, Di Santo garantiu entrega e disposição. E disse que não vem para tomar o lugar de ninguém.

 Não gosto muito de falar do que posso fazer, gosto que os outros falem, mas fiquei na Europa tanto tempo porque sempre dei o melhor pela equipe, pelo bem comum. Nunca tem bola perdida. Lutar até o fim, seja qual for a situação. Tenho características diferentes dos jogadores que estão trabalhando aqui. Por isso venho. Para complementar. Não venho pra substituir ninguém ou fazer mais que ninguém. Venho para ajudar. O importante é que a equipe melhore como um todo.

O diretor de futebol Rui Costa, que apresentou o argentino, destacou que a contratação foi uma oportunidade, e não uma aposta. E garantiu: Di Santo é “plano A”, não “plano C” – deixando claro que a compra dele não aconteceu em função da recusa de Luciano, que estava nos planos, mas fechou com o Grêmio.

– O Franco é muito mais uma oportunidade – para ele e para nós – do que uma aposta. Não chamaria a contratação do Franco de aposta. Tem o perfil do tamanho do nosso clube, jogou em grandes equipes da Europa, tem uma experiência que faz grande diferença. Sempre demonstrou intensidade, entrega no aspecto físico e tático, é o perfil do nosso grupo, que atende muito o que o treinador pede. Números são uma parte da avaliação que eu faço. Quando estávamos voltando pra cá, um grande clube sul-americano perguntou a ele se ele queria fazer contrato lá. Ele disse que já tinha acertada aqui. Após um jogo do Brasileiro, outro dirigente me falou que estava monitorando. Ele escolheu estar aqui. Teve uma proposta mais vantajosa economicamente do que a nossa, e optou por vestir a camisa do Galo.

Um fator que colaborou para a decisão de Franco Di Santo de vir para o Atlético tem nome e sobrenome: Lucas Pratto. O atacante do River Plate, ex-Galo, é amigo de Franco. E deu ótimas referências.

– Um fator importante. Venho a um clube muito grande do Brasil. Conversei muito com Lucas, ele esteve aqui por muito tempo, me disse o que é o clube, que é muito grande, com uma torcida muito forte, que sempre segue a equipe. Isso ajuda a tomar decisões. Lucas também fez muitas coisas boas aqui, me deu a entender que tinha que vir pra cá. Depois da conversa com Rui, o projeto e as ambições, não tive que pensar muito. Tive outras propostas do México, Brasil, Argentina, Europa, mas não pensei muito ao vir pra cá.

Franco Di Santo estava de férias após a última temporada europeia (disputada no Rayo Vallecano-ESP) e, neste ano, esteve em campo apenas por 169 minutos. A condição física, naturalmente, é uma preocupação. Ele assume que não está com o condicionamento ideal, mas garante corrida contra o tempo para equilibrar a atingir o nível dos companheiros.

– Não tenho uma pré-temporada como o resto dos jogadores, por isso estamos treinando o máximo possível, uma, duas, três vezes ao dia. Pra estar à disposição, ajudar a equipe. É trabalhar o máximo possível e estar preparado.

Neste primeiro momento, Franco Di Santo (assim que atingir a condição física ideal) estará à disposição de Rodrigo Santana apenas no Campeonato Brasileiro. O Galo não conseguiu inscrever o atacante na Sul-Americana a tempo da disputa das quartas de final (contra o La Equidad-COL, no fim deste mês). Caso avance às semifinais do torneio sul-americano, o argentino será inscrito na competição