A Copa Rural sem dúvida alguma foi a mais desafiadora de todos os tempos. Equipes que amam a competição disputaram o título, mas enfrentaram todos os problemas previstos e imprevistos. O Branquinhos que já vinha perseguindo esse título mesmo antes da pandemia, conquistou o objetivo, mas não foi nada fácil.
A competição mais tradicional da região, idealizada no início da década de 80, efetivada em 1984, teve mudanças no formato ao longo da história, a tentativa é ser a mais próxima da zona rural, uma sociedade também em transformação. De igual, tem a necessidade de mostrar a comunidade a toda a sociedade, sempre para o desenvolvimento.
Os desafios previstos era a qualidade dos adversários, havia um equilíbrio em um grande número de equipes. Imprevistos aconteceram com várias, desde a bola que não obedecia ao chute, a acidentes veiculares. O goleiro dos Branquinhos é uma vítima de um desses acidentes, na posição passaram três atletas e coube a João Vitor levar a equipe ao título. Por capricho dos deuses, que ajudou a dar socorro ao goleiro dos Branquinhos, foram atletas do Córrego Falso, adversários na final.
Foi seis meses de disputa, de muitos debates, de idas e vindas. Era para Branquinhos estar fora se o Choro não tivesse aguardado o adversário além do tempo regulamentar. Mas o pensamento é na competição, afinal os atletas do Choro estavam também suscetíveis a imprevistos, pensaram no amanhã. Atitude nobre.
Na partida final, Gustavo Laginha, o atleta dispensa apresentações, enfrentou o irmão dele: Jonas. Este se não for o melhor da cidade está entre os melhores com toda a certeza. O irmão mais velho levou a melhor. Quem brilhou também foi Breninho, na jogada do segundo gol deu a bola para Laginha, a conclusão não veio e sobrou para o xodó do Palmeiras fazer.
Em 1998 quando o Branquinhos foi campeão, aparece um garotinho na foto, ele é um dos responsáveis pelo título 2022. Formaram um novo modelo de time rural, carregam o nome do BNG e levam o grande público. Desenvolvimento que todos viram em Córrego Falso, uma potência do hortifrúti da região. Levaram políticos, empresários, consumidores. Também mostraram os problemas de infraestrutura. Posso concluir como tarefa cumprida?
Para 2023 já tem time se preparando. Mata dos Coqueiros inicia um projeto de revitalização. Quilombo já colhe frutos e prepara nova safra. Que a Copa rural de 34 edições oficiais, 42 anos de existência, tenha vida longa.
