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Brasil perde para a Argentina no”super clássico” e Tite está pressionado

Estar há cinco jogos sem vencer é péssimo para a Seleção, é óbvio. Afeta o humor da torcida, prejudica estatísticas, rende manchetes negativas. Mas, convenhamos: de pouco ou nada valem estes amistosos, como o último, em que o Brasil foi derrotado por 1 a 0 para a Argentina, na Arábia Saudita. O pior mesmo dessa sequência – e que faz acender o sinal de alerta – tem sido o desempenho. Desde a conquista da Copa América, há quatro meses, a equipe não consegue jogar bem e, entra jogo, sai jogo, não apresenta evolução.

Os amistosos, que poderiam servir para Tite encontrar alternativas táticas e “oportunizar” novos jogadores, como o treinador gosta de dizer, acabaram por criar mais dúvidas do que soluções. As derrotas também geram pressão, que resulta em erros individuais e limita os testes na equipe.

No duelo da última sexta-feira, Militão e Paquetá ganharam chances nas vagas de Marquinhos e Coutinho, respectivamente. O zagueiro até que se saiu bem, apesar do resultado, mas o mesmo não pode ser dito do meia.

Nervoso, Paquetá cometeu dois erros bobos de passe logo de cara, perdeu confiança e criou pouquíssimo. Logicamente o desempenho do jovem foi influenciado pela má atuação coletiva, mas, independentemente disso, é fato que Tite tem um problema numa posição-chave da Seleção: o meio de campo.

Contra uma motivada Argentina (que tratou o amistoso como decisão, a ponto de demorar 73 minutos para fazer a segunda substituição), o Brasil até começou bem, mas sentiu o pênalti perdido por Gabriel Jesus aos nove minutos e o gol de Messi aos 12.

Em vantagem, os argentinos se fecharam muito bem, e o Brasil não conseguiu encontrar espaços para penetrar na área, nem mesmo para finalizar de média distância.

Para tentar solucionar o problema, Tite mudou o esquema. Gabriel Jesus foi jogar mais centralizado, Paquetá ficou na ponta direita e, quando tinha a bola, o Brasil jogava num 4-2-4.

A entrada de Coutinho, na volta do intervalo, pareceu nos primeiros minutos ser a faísca necessária para acender o time, mas não foi isso o que aconteceu. Mesmo em vantagem, a Argentina voltou melhor para o segundo tempo e criou as principais chances. O placar só não foi mais elástico graças a boas defesas de Alisson.

Tite passou, então, a mudar peças e formações em sequência, até apelou para os cruzamentos na área, mas não houve qualquer esboço de reação.

O Brasil ainda tem mais um amistoso para fazer antes de fechar o ano, porém, independentemente do resultado contra a Coréia do Sul, terça-feira, Tite terminará a temporada cheio de dúvidas na cabeça.

Danilo não foi mal contra a Argentina, mas está longe de oferecer o mesmo que Daniel Alves em seus melhores momentos. O veterano, no entanto, tem início ruim no São Paulo e estará com 39 anos na próxima Copa do Mundo.

Do outro lado, Alex Sandro decepciona, e Renan Lodi já passou da hora de ter mais minutos como titular.

Fabinho pode dar mais dinamismo ao meio? Neymar seguirá na ponta esquerda ou jogará mais centralizado? Como fazer Firmino e Jesus renderem com a amarelinha o mesmo que em seus clubes? Encontrar as respostas para essas e tantas outras perguntas até as Eliminatórias talvez seja mais importante do que a vitória em qualquer amistoso.