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Atlético vence, leva vantagem para o jogo de volta, mas não convence.

Não há dúvidas da superioridade técnica do elenco do Atlético sobre o da La Equidad (COL). No jogo de ida entre os times, pelas quartas de final da Sul-Americana, no Independência, as estatísticas da partida escancararam essa diferença. Porém, não refletiram no placar. O Galo venceu por 2 a 1 mas a sensação era de que poderia ter sido um placar mais elástico, dando maior tranquilidade para o confronto de volta, terça que vem, em Bogotá.

O triunfo do Atlético acabou saindo muito mais difícil do que o esperado. Tudo começou com uma desagradável surpresa. O Equidad “ganhou” um pênalti aos três minutos, cometido por Elias e convertido por Camacho.

Não estava no roteiro correr atrás logo nos primeiros minutos. O Galo correu. E não demorou para mandar no jogo. Foi criando chances. E esbarrando nos erros para finalizar as jogadas, no goleiro Novoa e na trave. Foram três bolas no poste só no primeiro tempo, duas delas após intervenções decisivas do camisa 1 colombiano.

O ataque do Atlético não estava em noite iluminada. Algumas peças como Ricardo Oliveira, Chará e Vinícius (além de Otero, que entrou no segundo tempo) não tiveram boa atuação. Cazares, quando tinha a bola, mostrou que é capaz de criar lances perigosos. Mas foi um volante que buscou o empate para o Galo: Jair, mais uma vez destaque da equipe.

Na etapa final, o Atlético seguiu atacando. Viu o adversário ficar com dez, após a expulsão de González aos nove minutos. Além da melhor qualidade técnica e maior volume de jogo, agora tinha também a vantagem numérica em campo.

E ainda teve um pênalti a seu favor. Melhor cenário impossível. Mas Cazares não aproveitou. O goleiro defendeu. No rebote, Otero marcou. Porém… Agora foi a vez do VAR (árbitro de vídeo) flagrar a invasão do meia e também de Chará. Gol anulado. O pênalti a favor do Galo virou tiro livre indireto para La Equidad.

O alívio da vitória só veio aos 34 minutos. De novo com um volante. Elias arriscou de fora da área e colocou o Galo à frente. O time manteve a busca por outro gol, que seria importante, uma vez que o Equidad marcou fora de casa – na Sul-Americana existe o chamado “gol qualificado” como critério de desempate.

A terceira bola na rede não saiu. O Atlético venceu, vai jogar pelo empate para avançar à semifinal. Mas o time não aproveitou as superioridades técnica, estatísticas e numéricas em campo para ter um conforto maior em Bogotá.

O técnico Rodrigo Santana resumiu:

“Claro que, pelo que criamos, poderíamos ter vencido por mais, com gordura maior. Tivemos três bolas na trave no primeiro tempo, 21 finalizações no jogo e pênalti perdido. Mas o primeiro passo foi dado, com a vitória. A equipe teve equilíbrio para virar o jogo, criamos e tivemos mais chances de um placar largo. Mas deixamos as emoções para o jogo de volta.”