A trajetória do Atlético no Campeonato Brasileiro ainda tem mais 20 partidas a serem disputadas. Mas, ainda que o chão seja longo, a caminhada alvinegra entrou em fase tortuosa e os espinhos achados na 19ª rodada nunca foram tão afiados. O Galo fecha o 1º turno com a pior atuação da “era Sampaoli”, e justamente numa rodada que se mostrou bem favorável até segunda-feira.
Após a semana mais completa de treinamentos desde que as partidas retornaram, a atuação do Atlético foi de assustar, principalmente pela passividade no segundo tempo, justamente quando iniciou a etapa final com mais ímpeto. O primeiro tempo foi de não sobrar nada para elogios.
Isso tudo potencializado pelos inúmeros erros de passe na transição. Allan, conhecido pela categoria, parecia ter entrado com um sósia em campo. Keno deixou uma lacuna gigantesca na criação de jogadas.
São apenas 5 pontos conquistados nas últimas seis rodadas. Para quem só tem o Brasileirão como foco, a cabeça parece estar na lua. No sábado, o líder Internacional perdeu para o Corinthians e ficou com 35 pontos. O Flamengo, idem, ao levar 4 a 1 em casa do São Paulo, no domingo. Era a chance de o Galo retomar a liderança.
Mas a atuação no Allianz Parque foi tenebrosa. Se vencesse, o Atlético empataria em pontos com os rivais, tendo 11 triunfos contra 10 de ambos, e ainda com o jogo diante do Athletico-PR. Ainda que a oscilação seja grande, o Galo segue com chance de ser o dono da melhor campanha do 1º turno, desde que vença o Athletico em casa, no jogo adiado sem data definida da sexta rodada.
O único que pode fechar (um fechamento que deve demorar a acontecer) a primeira metade do Brasileirão 2020 é o São Paulo, que tem três jogos a fazer e com pontuação máxima possível de 39. Secar adversários é algo que vem dando frutos para o Galo, mas falta cumprir as próprias missões. E a próxima será vital, ao receber o vice Flamengo no Mineirão, domingo que vem, às 18h15.