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Após susto, Palmeiras está na final da Libertadores

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Após 20 anos, Palmeiras volta à final da Taça Libertadores

Achou que seria fácil, torcedor do Palmeiras? Achou errado.

O 3 a 0 na ida poderia indicar uma tranquila classificação do Palmeiras para a decisão da Libertadores. Porém, do outro lado, havia mais que um simples time, havia cultura de futebol. Um trabalho de mais de meia década, vencedor e poderoso. Não se poderia duvidar do River Plate de Marcelo Gallardo, e o elenco de Abel Ferreira flertou com uma tragédia digna de cinema. No fim, os créditos subiram com o sobrevivente vencedor.

A equipe palestrina resistiu no fim a uma das melhores versões do “Gallardismo” e está na final do principal torneio sul-americano. A obsessão pela segunda glória eterna segue viva, mais do que viva. O Palmeiras não está morto. Nem no ano passado. Nem neste ano.

Quase tudo o que deu certo na ida, na Argentina, deu errado na volta, no Allianz Parque. No espaço de uma semana, Marcelo Gallardo e o River Plate entenderam como superar o Palmeiras de Abel Ferreira, e assim fizeram durante os mais de 100 minutos de bola rolando na arena. Cem minutos que, para o torcedor palmeirense, devem ter durado 100 horas.

O resultado só não foi maior por circunstâncias que fugiram ao controle dos argentinos. Primeiro, antes de entrar em qualquer polêmica, Weverton. Se na ida, anotou um “gol” ao salvar o Palmeiras no início. Na volta, fez alguns “gols” que impediram o River Plate de zerar a vantagem construída pelo alviverde na ida.

Em seguida, o árbitro de vídeo. Todas as decisões acabaram corrigidas de maneira precisa, como a melhor versão exige. A tecnologia, alvo de tantos debates e protagonista até de (inacreditáveis) teorias da conspiração, auxiliou a arbitragem a anular um gol do River Plate por impedimento e a cancelar a marcação de dois pênaltis – o último já nos acréscimos, por posição irregular.

A noite de 12 de janeiro de 2021 está marcada na história do Palmeiras. Nenhum palmeirense vai esquecer o que viveu durante os 90 minutos em que a tragédia anunciada parecia questão de tempo. Mais do que a felicidade, o sentimento deve ser de alívio pelo retorno à final da Libertadores, após duas décadas.

Agora são duas semanas para recompor torcedor, time e comissão técnica. O Palmeiras de Abel Ferreira não é esse dominado completamente pelo River Plate, em momentos que pareciam dois times de rotações diferentes. O susto no fim das contas fica em segundo plano. Há uma sensação de que nada pode ser pior.

Na Libertadores, a cultura do resultado no fim pode pesar mais do que a cultura de um trabalho vencedor, poderoso e impressionante, como o de Gallardo. Na matemática, o Palmeiras fez três gols no River Plate, que respondeu com dois na terça-feira. Isso foi o suficiente para o torcedor alviverde, 20 anos e alguns meses depois, novamente comemorar uma vaga na final da América.