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A liga que fez “justiça” entre Cuca e Hulk no Atlético

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Não há dúvida: o grande destaque individual na temporada do Atlético, até agora, é Hulk. Artilheiro do Galo, o atacante tem, em 22 jogos, média de um gol a cada duas partidas (11). Quando não marca, participa ativamente das jogadas com final feliz, como a arrancada que originou o gol de Jair na vitória sobre o São Paulo, no último domingo, pelo Brasileirão.

E pensar que a boa fase do camisa 7 começou após uma rusga pública com Cuca, quando, após o jogo contra o Athletic, pelo Campeonato Mineiro, o atacante cobrou o técnico por mais minutos em campo.

“Preciso de jogos, preciso de ritmo, preciso de confiança pra poder apresentar meu melhor futebol. Desde que o professor Cuca chegou aqui, acho que não tive uma sequência de três, quatro jogos seguidos. É muito difícil” – disse, à época, o camisa 7 do Galo.

O problema foi resolvido internamente, e desde aquele 24 de abril, Hulk saltou para ser o grande protagonista do Galo na temporada. São 10 gols e três assistências nos últimos 13 jogos, fora as participações em jogadas decisivas. Na entrevista coletiva do último domingo, Cuca destacou que o tempo foi fundamental para o processo de reconciliação e evolução do jogador.

“O tempo passa, você conhece o jogador, o jogador te conhece. As coisas se aproximam. Todos sabem do começo como foi, um começo até você descobrir onde é a melhor posição pro jogador, até o jogador entender como é o planejamento do treinador. São coisas que você tem que ir se adaptando, e entre um problema aqui ou ali, isso é da nossa carreira. Isso é gestão” – destacou Cuca.

O crescimento de Hulk também passa pela nova função tática que ele passou a exercer na equipe. O atacante se destacou durante a carreira jogando aberto pela direita. No Galo, porém, a melhora veio quando Cuca o escalou centralizado, como uma espécie de “falso 9”. Ele estreou na função contra o América de Cali, na Libertadores, e, de cara, marcou dois gols.

“É o entendimento do jogador também, que é boa pessoa e entendeu que essa posição é a melhor pra ele, que ele vai ter um desgaste menor e vai estar mais perto do gol. Hoje os beiradas do campo tem um desgaste enorme em todo sentido. A gente até pode utilizar ele, amanhã ou depois, nessa situação de beirada. Mas agora, ele se adaptou perfeitamente ao que a gente pensa do jogo” – destacou Cuca.

“Quando ele não tem feito gol, tem participado direto dos gols. E tem qualidade, sim, tem bom domínio de jogo, bom controle, é um cara muito maduro, experiente e a gente está muito feliz com ele”.

Após a vitória do último domingo (a segunda do Galo no Brasileirão), Hulk pegou se avião particular e foi a São Paulo passar mais tempo com os filhos. Mas foi apenas um bate-volta, e nesta segunda ele já voltou a Belo Horizonte para iniciar a preparação para a próxima partida.

Na quarta, o Atlético vai a Porto Alegre enfrentar o Internacional, às 19h (de Brasília), pela quarta rodada do Campeonato Brasileiro. Depois da partida, o Galo vai a Assunção, no Paraguai, receber a segunda dose da vacina contra a Covid-19 ofertada pela Conmebol.