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2021 será pior para o Cruzeiro? Felipão ameaça sair, Jadson Silva vai a justiça e Dedé cobra R$ 35 milhões.contra o clube.

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Irritado com o momento do Cruzeiro fora do campo, o técnico Luiz Felipe Scolari não tem permanência garantida para a temporada 2021. Apesar de ter contrato até o fim de 2022, Felipão não descarta um pedido de demissão após o fim da Série B. Não há multa prevista em caso de rescisão por parte do treinador.

Promessas feitas ao treinador na reunião em que selou a contratação, em Porto Alegre, não estão sendo cumpridas. Entre elas, estava a obrigação manter os salários em dia. Hoje, os atletas estão com duas folhas em atraso, além de não terem recebido o 13º salário.

Os funcionários, em geral, também estão com salários atrasados. Felipão tem sido um “para-raios” do clube neste sentido. O treinador é perguntado constantemente sobre previsão de pagamento, mas não tem uma resposta da diretoria. Mais um fator que o deixa insatisfeito.

À época, também ficou acertado que o Cruzeiro pagaria uma dívida na Fifa, que o impedia de realizar contratações. Promessa cumprida, tanto é que Rafael Sobis, Giovanni e William Pottker puderam ser registrados. No entanto, uma nova punição, agora na CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas), proíbe o clube, desde o fim de novembro, de registrar atletas no profissional e na base.

A insatisfação de Luiz Felipe Scolari já ficou clara depois da vitória sobre o Sampaio Corrêa, na última sexta-feira, quando ele afirmou que precisaria ter uma conversa com André Mazzuco, novo diretor de futebol, para ter certeza sobre uma “segurança maior”.

Internamente, a diretoria do Cruzeiro está ciente da possibilidade de Felipão não seguir. O clube conta com ele para o projeto de 2021, mas também está atento ao mercado, observando possíveis substitutos, focando, sobretudo, em profissionais que tenham experiência na Série B.

Este ano, antes de acertar a contratação de Luiz Felipe Scolari, este era o perfil buscado pela diretoria de futebol, tanto é que foi atrás de Umberto Louzer (Chapecoense), Lisca (América-MG) e Marcelo Chamusca (então técnico do Cuiabá). Outro nome cogitado pelo clube à época foi Felipe Conceição, que fez um trabalho de retomada na Série B de 2019, com o América, ficando a um ponto ao acesso à elite.

Ausência no treino dessa segunda-feira, Jadsom Silva ingressou com uma ação contra o Cruzeiro na Justiça do Trabalho. O jogador pleiteia a rescisão indireta do contrato em função de atrasos salariais. O processo corre em segredo de justiça.

A diretoria do Cruzeiro ainda tentou, como cartada final, resolver pendências com o jogador para evitar a ação judicial. O que foi em vão. Vale lembrar que em 2020, o conselho gestor transitório, então responsável pela administração do clube, fez algo parecido com Éderson. O jogador, no entanto, saiu para o Corinthians, depois de um acordo amigável com a direção.

Jadsom recebeu sondagens de clubes do exterior nos últimos dias. O Ludogorets, da Bulgária, é um dos interessados. Há interesse de um clube do Japão no atleta.

Na noite dessa segunda-feira, o Cruzeiro informou que o jogador não havia participado do treinamento na Toca da Raposa II, mas não informou detalhes sobre qual seria o motivo da ausência. O elenco, em geral, está com dois meses e meio de salários atrasados, além do 13º.

No último dia 04, o zagueiro Dedé foi outro a acionar o Cruzeiro na Justiça do Trabalho. Alegando “falta grave do empregador”, o jogador pediu o fim do vínculo, mas teve o pedido negado. O valor da causa é de R$ 35.258.058,64.

Na petição inicial, o jogador alega que está com 10 meses de salário em atraso “referente ao fraudulento contrato de cessão e uso de imagem” (R$ 300 mil mensais), além de seis meses sem receber salários fixos na carteira (R$ 450 mil mensais) e mais quatro meses sem receber o depósito do FGTS.

Na tabela apresentada, somente de atrasados salariais do Cruzeiro, contando os direitos de imagem, o valor da dívida é de são R$ 13.782.000. De 13º atrasado, Dedé cobra R$ 1,032 milhão e mais R$ 1.045.333,32 sobre férias.

Dedé aponta, ainda, o detalhamento dos atrasos salariais e também de atrasados ainda de 2019, ano do rebaixamento do clube.

“Período compreendido entre maio de 2019 a agosto de 2019, do período de setembro de 2019 e dezembro de 2019, NADA pagou ao Reclamante, sequer o 13º salário do ano de 2019 e, de janeiro a fevereiro de 2020, pagou valores parciais, de março a dezembro de 2020, efetivou apenas o pagamento de 3 (três) parcelas de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais), sem especificar ao menos a que meses em aberto se referiam as citadas parcelas”.

Em 2019, conforme tabela apresentada, o Cruzeiro começou a não pagar integralmente Dedé no mês de maio. Até agosto, do salário de R$ 668 mil mensais, foram depositados R$ 420 mil. Nenhum valor passou a ser depositado a partir de setembro.

Com aumento salarial no ano passado, com a remuneração pulando para R$ 750 mil mensais, Dedé recebeu dentro do teto estabelecido (R$ 150 mil) entre janeiro e fevereiro. Depois disso, novamente os atrasos salariais ocorreram, segundo tabela apresentada.

Segundo a defesa de Dedé, não houve recolhimento do FGTS no período de maio a dezembro de 2019, nem entre julho e dezembro 2020. Segundo ele, houve apenas recolhimentos parciais entre janeiro e junho de 2020. Somados os depósitos atrasados, em relação aos salários, os valores chegam a R$ 704.400. O zagueiro ainda cobra R$1.053.658,66 de FGTS sobre direitos de imagem, valor fora da carteira de trabalho.