Com as chuvas, vivemos o risco iminente de contrair dengue. Mas os cães podem ter dengue?
A resposta é: não. No entanto, existem outras doenças transmitidas por mosquitos que podem afetá-los gravemente, como a dirofilariose, também conhecida como a “doença do verme do coração”.
A dirofilariose é uma condição séria causada pelo parasita Dirofilaria immitis, que se aloja no coração, pulmões e vasos sanguíneos dos cães. Esses vermes são transmitidos através da picada de mosquitos infectados e, caso não tratada, podem provocar danos graves aos órgãos internos dos animais, comprometendo significativamente sua saúde.
Embora os gatos possam ser parasitados pelo Dirofilaria immitis, eles são mais resistentes à infecção e, portanto, os casos são menos frequentes e, geralmente, menos graves.
Sinais e sintomas da dirofilariose em cães
Os sintomas da dirofilariose podem variar de acordo com o estágio da infecção, mas geralmente incluem:
- Tosse persistente;
- Dispneia (dificuldade respiratória, falta de ar);
- Letargia (intolerância a exercícios);
- Perda de peso;
- Ruídos cardíacos.
Em estágios avançados, a doença pode causar manifestações de insuficiência cardíaca direita, como ascite (acúmulo de líquido na cavidade abdominal), congestão hepática aguda e renal, hemoglobinúria (presença de hemoglobina na urina), e até mesmo a morte do animal.
Prevenção é essencial
A maneira mais eficaz de proteger seu cão contra a dirofilariose é através da prevenção. Medidas preventivas incluem:
- Uso regular de vermífugos prescritos pelo médico veterinário, que impedem que as larvas de vermes do coração se desenvolvam;
- Coleiras repelentes de mosquitos, que ajudam a prevenir picadas;
- Redução da exposição a áreas com alta concentração de mosquitos.
Além disso, é essencial manter o ambiente limpo e livre de água parada. Assim como fazemos para evitar o mosquito da dengue, a eliminação desses criadouros também reduz a população de mosquitos transmissores da dirofilariose.
O cuidado com a saúde dos nossos bichinhos começa com a prevenção! Realizar visitas regulares ao veterinário e seguir as orientações para uso de medicamentos preventivos farão toda a diferença na qualidade de vida e longevidade do seu animal.
Por: Fabiana Amorim
Estudante de Medicina Veterinária 8º Período – Perita Criminal, especializando em Ciências Forenses e Perícia Criminal e Gestora em Marketing e Negócios