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Rascunhos da Vida: Saia do buraco.

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Retirado do site: https://pt.freeimages.com/photo/rock-and-hole-1406333

Toda vez que nos deparamos com uma situação difícil temos três tendências de decisões a tomar: Parar, Continuar ou Retornar. Como tomar a decisão correta?

Salmo 25.12-14

Retirado do site: https://pt.freeimages.com/photo/rock-and-hole-1406333

Estava indo para a casa de um amigo na roça, a minha intensão era pescar junto com ele. Levava comigo meu facão (presente de papai), uma vara boa e uma de reserva, meu embornal cheio de itens de sobrevivência, canivete, fósforo, álcool, linha, anzóis, água, iscas e meu lanche que não podia ficar de fora.

O caminho mais curto era passando pelas barreiras que havia no terreno entre o asfalto e a propriedade do pai de meu amigo. Era uma época de chuvas. As famosas chuvas temporais, ou como vovô falava chuva das goiabas. A trilha que eu seguia era conhecidíssima minha, era fácil ir por ela, mas havia algo diferente, uma das barreiras parecia mais próxima, no entanto não me importei com isso.

Ao passar pela proximidade da barreira o chão ruiu aos meus pés, e eu caí segurando as varas de bambu que se quebraram todas. Lá em baixo, verifiquei o meu facão, as varas, e o embornal. As varas estavam quebradas, por isso cortei a linha com a chumbada e o anzol de ambas e guardando junto com o material de pesca. Começou a chover e eu desesperadamente tentei escalar o barranco. Quanto mais eu tentava, mais liso e escorregadio ficava aquele local. Subia um tanto e descia dois tantos. Estava cansado e desesperado, o dia estava passando e minha força se esgotando.

Decidi então fazer buracos com o facão onde pudesse colocar meus pés. Funcionou! Fui fazendo assim, furava dois buracos numa altura confortável e cocava o pé no primeiro, depois no segundo, furava outros e subia mais um pouco. Demorei um tempão até chegar ao alto, mas consegui. Olhei para baixo e pensei como eu fui bobo. Era só seguir o caminho da água que escoava e sair pelo lado mais baixo da barreira. Teria economizado tempo e energia.

Sentado à beira do barranco eu comi meu pão com mortadela, bebi da água e voltei para casa, sujo dos pés a cabeça, sem a vara e sem peixes, mas com uma certeza. De que quando estamos num buraco não adianta nos apressar. Precisamos olhar ao nosso redor, respirar fundo, pensar nas alternativas, traçar uma estratégia, aí sim, colocar em prática. O melhor seria poder ter alguém para nos aconselhar, que visse o problema do lado de fora, mas se estamos todos no buraco só existem recursos em Deus.

O Salmista diz “o conselho do Senhor é para aqueles que o temem”, não é um temor de medo, mas de obediência em amor. Sendo assim, no momento de desespero, quando estamos no fundo do buraco, não há conselheiro melhor do que o Senhor, pois Ele vê a situação de uma forma que nós não vemos. Ele observa a situação de uma maneira diferente da nossa. Ele percebe as circunstâncias, as dores e os problemas e com certeza pode nos dar a solução de uma forma adequada, cabe a nós obedecer em amor. Pense nisso, não gaste todas suas forças se você pode buscar conselho Naquele que vê além do desespero que nos abate. Confie no Senhor e busque o seu conselho com confiança e fé.

Um grande e forte abraço!
Nos fraternos laços do amor de Cristo, o meu Mestre.

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que já saiu de muitos buracos através dos conselhos do Senhor.