Há algumas semanas a mãe de uma de minhas clientes segurou minhas mãos com uma forma tão afetuosa e disse: “Que saudade do tempo em que podíamos abraçar as pessoas”. Eu não resisti, dei um abraço nela e conversei durante uns vinte minutos, onde falamos de fé, esperança e amor.
Na semana passada eu e Isabelle fomos montar um pula-pula (ou cama-elástica como bem preferir), a cliente relatou a perda do namorado, enquanto montávamos o brinquedo conversamos com ela e no final ofereci um Novo Testamento mostrando a ela onde encontrar auxílio em tempos de dor e crise.
Isso me fez lembra quantas pessoas estão sofrendo neste mundo. Pessoas isoladas, negligenciadas, em luto, em leitos, com dor, com perda, no choro, na miséria. E nós? Se nós estamos consolados onde estão às palavras de consolação para o outro que está ao meu redor? E se estamos supridos como temos ajudado aos que estão a padecer? Se nós gozamos de saúde como temos transmitido esperança aos que não tem?
A privação de algo nos mostra a necessidade do trivial. Ao ser privado da liberdade lembramos o quanto ela é necessária. Ao termos que evitar o toque percebemos quanto na verdade ele é necessário ao nosso equilíbrio mental, emocional e quem sabe até espiritual. Quando temos que enfrentar o leito de hospital para nós ou para alguém que amamos é que percebemos quão longa e solitária é uma noite sem sono.
A consolação, o conforto e a cura pertencem a Deus. Só Ele pode consolar de forma eficaz, também é o único que pode trazer o conforto necessário na medida exata da necessidade humana. Bem como é o único que pode curar, seja através de seus milagres, seja através do conhecimento dado ao homem. Pois independentemente do meu dinheiro, do meu status ou do meu conhecimento a cura pode não chegar e infelizmente posso me deparar com o luto.
Então, precisamos pedir a Deus que através de seu imenso poder, de sua graça eficaz, nos conceda todo consolo, conforto e quem sabe a cura que precisamos. Nossa esperança deve estar em Deus, nosso conforto nele, nossos sonhos e projetos depositados em seu agir. Também precisamos estar disponíveis para que Ele nos use no tempo oportuno para ser canal de seu poder e seu agir.
Pense comigo, quanto tempo você tem dedicado a orar pelo outro, ou ao menos conceder um ombro amigo? Em tempos de crise, de choro e dor é necessário ser o canal de Deus para efetuar o seu agir. Pois, se não fizermos Deus suscitará quem faça. Então aproveite as oportunidades. Ore, ouça e conforte todos aqueles que o Senhor colocar em seu caminho.
Um grande e forte abraço.
Nos eternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo a espera de oportunidades.
