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Rascunhos da Vida: Peixe da enxurrada

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Retirado do site: https://www.pexels.com/pt-br/foto/menino-segurando-guarda-chuva-transparente-1619719/

Algumas situações parecem histórias de pescador, por serem extremamente inusitadas. O que muitas vezes foge do comum pode parecer impossível.

Mateus 17.24-27

Retirado do site: https://www.pexels.com/pt-br/foto/menino-segurando-guarda-chuva-transparente-1619719/

Sempre gostei de brincar na enxurrada. Gostava de correr no meio da água que descia na porta de casa. Eu tinha objetivos traçados para toda chuva. O primeiro fazer um barquinho que pudesse descer a rua e chegar até o asfalto. Segundo fazer uma barragem que suportasse a água da chuva.

O barquinho eu fazia de vários tamanhos, com “capotinha” ou não, com papel duro, ou mole, com folha de caderno, jornal, cartolina ou revista. As barragens eram feitas com madeira, bambu e argila, eu fincava vários pedaços no chão entre as frestas do calçamento de paralelepípedo. Depois trançava com ripas de bambu, e por último finalizava a barragem revestindo de argila. Só uma vez minha barragem suportou a fúria das águas até a estiagem.

Quando estava trabalhando no mercadinho da Tia Ivone (naquela época podíamos aprender a valorizar o que conquistávamos) os dias de chuva eram entediantes, poucos clientes se aventuravam a ir lá durante o cair das águas. Então resolvi fazer um jequi com a telinha de laranja e algumas argolas de plástico que envolvia os garrafões de vinho. Após terminar, armei o jequi em frente ao mercadinho e esperei a chuva vir. Peguei um monte de lixo, mas não desisti. Armei novamente, e não é que eu consegui pegar uma traíra. O Tio Roberto ficou mostrando para todos que chegavam ao armazém a traíra que eu peguei na enxurrada. Fiz o jequi novamente, mas nunca mais peguei nada a não ser um monte de folhas, pedaços de papel, madeira e cacos de vidro.

Jesus diz a Pedro para lançar o anzol e pagar os tributos do templo com o estáter que estivesse na boca do peixe. Uma situação totalmente inusitada. O valor do tributo do templo era uma didracma (di significa duas, dracma uma moeda de prata) então um estáter pagaria o tributo de duas pessoas. Pedro faz o que o mestre diz, e é surpreendido com o resultado, exatamente igual ao que o Senhor tinha ordenado.

Isto mostra algumas coisas para mim e para você. Primeiro devemos cumprir com nossas obrigações ou deveres espirituais e civis. Não podemos fazer um e negligenciar o outro. Há não ser que as obrigações civis sejam contrárias ao que nos rege espiritualmente, ou seja, as verdades contidas na bíblia. Segundo, Deus conhece nossa real necessidade e a supre dentro da nossa expectativa. Ele nunca prometeu que sobejaria em nossa mesa o alimento, mas teríamos abundância para suprir nossa necessidade diária. Terceiro não devemos servir de escândalo para aqueles que estão ao nosso derredor. Mesmo sendo Senhor sobre todas as coisas, mesmo sendo o Filho do Deus vivo, ele se submeteu as autoridades desta terra para que o nome do Pai não fosse escandalizado.

Pense comigo, Deus move o impossível em nosso favor. Ele faz maravilhas para que todos possam crer. Ele deseja que você seja fiel a Ele e assim cumpra a lei do Senhor e dos homens também. Portanto, creia em suas promessas mesmo que pareçam distantes e inatingíveis.

Um grande e forte abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo.

Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que confia plenamente no cuidado de Deus mesmo diante do impossível.