Você já conversou com alguém sobre a infância? Já notou que existem duas expressões que se destacam no desenrolar da conversa: falta de problema e brincadeiras de criança.
Para todo adulto uma criança não tem problemas, ela não tem preocupações, contas para pagar, serviço que não pode ser deixado de lado, etc. Isso não é uma verdade plena, toda criança enfrenta problemas, tem seus desafios, seus compromissos, suas obrigações, suas dificuldades que precisam ser superadas, no entanto a necessidade de sustento próprio e luta diária para sobreviver não é a mesma de um adulto (salvo algumas exceções onde são exploradas de alguma forma).
Mas também toda criança tem seus brinquedos e brincadeiras, isso é uma verdade. Toda criança sabe brincar e transforma qualquer coisa em brinquedo. Lembro-me dos boizinhos de sabugo de milho, dos bonequinhos e alçapão de modexado (na verdade não sei o nome certo desta planta*), dos paraquedistas de sabugo, dos tratores de madeira, das espadas ninja e máscaras de camisa. Pois para uma criança quatro tampinhas de garrafa são equivalentes a um carrinho improvisado, uma tampinha e um cordão uma serra para papel, e tudo mais que a criatividade nos permitir fazer.
Com o passar dos anos, o foco muda, as atitudes amadurecem e passamos a ter outros brinquedos e outros problemas. Alguns querem produtos tecnológicos, outros carros ou motos, mas cada um se diverte ou se alegra com aquilo que tem prazer. Os meus melhores brinquedos são os meus livros, e quanto mais livros eu tenho mais desejo ter. Preciso até me controlar, pois comprar um livro das áreas que mais desejo conhecimento me fascinam e cativam.
Paulo estava dizendo sobre esse amadurecimento natural de todo homem, mas especificamente sobre não se prender espiritualmente a assuntos que não cooperam para o nosso crescimento em Cristo Jesus. Algumas pessoas buscam explicações para futilidades, e isso é algo ruim, pois não é algo que coopera para o nosso crescimento espiritual. Gastar tempo discutindo sobre “dons de línguas”, “beber ou não vinho”, “comer ou não carne de porco”, “vestir ou não roupas específicas”, “cortar ou não os cabelos” são futilidades que não acrescentam na salvação e causam divergências.
Para ele, nós precisamos observar os preceitos para o caminhar digno e aceitável diante de Deus, para termos uma vida santa, crendo que a salvação pertence a Deus e que nós fomos escolhidos por Ele, pertencendo ao Senhor toda glória, louvor e honra. Devemos sim praticar boas obras, porque entendemos que é uma condição vinculada ao servo de Deus, é uma característica dos salvos por Cristo Jesus desejar o benefício ou bem estar do próximo. Portanto, deixe as discussões vãs e volte-se para aquilo que trás crescimento espiritual, fortalecimento para sua fé e edificação a todos que lhe cercam.
Um grande e forte abraço!
Nos eternos laços do amor de Cristo!
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que busca deixar de ser menino mesmo em meio aos seus brinquedos.
* Uma vasta pesquisa pelo Google me fez descobrir o nome da plantinha: Leonurus quinquelobatus
