Quando menino aprendi muitas coisas sobre muros. Algumas me ensinaram, outras aprendi pela observação e prática.
Aprendi pela prática que muros de “chapa” são difíceis de se equilibrar depois que cai várias vezes deles. Descobri pela observação que muros de arrimo precisam ter alicerces profundos, ferragens fortes e muitas vezes um revestimento plástico para suportar peso e umidade.
Entendi pela pratica que muros “chapiscados” nos fazem chorar, especialmente quando esfregamos nosso corpo nele tentando escalar. Compreendi que quanto mais alto o muro melhor deve ser nossa estratégia para subir sobre Ele.
Com isso eu descobri que nem todo muro suporta peso, especialmente quando um caiu comigo. Um muro tem inúmeras finalidades. Delimitação, ornamentação, segurança, privacidade. Mas geralmente passa despercebido aos nossos olhares.
Vemos que os judeus estavam festejando a edificação dos muros de Jerusalém. Ouvia-se (šāma’ – ouvir, chamar a atenção, apregoar, ressoar, testemunhar) até de longe a alegria que tinham.
Deus estava permitindo que tivessem novamente segurança, liberdade para cultuar, limites físicos e limites éticos/morais (o que é importantíssimo para todos os homens). Também com a permissão Divina construiram aberturas para controlar ou permitir a entrada e saída de alguma coisa.
A construção de muros espirituais, morais, emocionais e físicos deve ser comemorada. Especialmente quando os criamos com aberturas para avaliação do que quero ter como valores ou não.
Pense nisso, construa muros com abertura para que seja possível corrigir as falhas e faltas que venham a aparecer.
Um grande e forte abraço.
Nos fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo especialista em muros espirituais.
