Quando muito jovem imaginava que precisava ter determinadas atitudes para ser aceito por um grupo qualquer. Precisava falar a gírias de uma comunidade para ser aceito por ela. Deveria vestir como os integrantes de um grupo para ser considerado um dos seus.
Aprendi a andar de skate, e patins (mas não gostava muito, pois era demorado retirar e colocar novamente), no skate bastava batê-lo e pegar com as mãos. Era fácil fazer um Ollie, ou um Flip, mas era difícil ser o cara diferente no meio da galera underground. Eu fazia de tudo para não ficar muito perto da galera da “Maria Juana”, costumava sentar num canto pegar minha Bíblia (uma miniatura de nove centímetros) que cabia na pochete camuflada, ou no bolso da calça junto as correntes das mesmas.
Em pouco tempo alguns deles começaram a assentar-se junto a mim, achando que eu tinha um “bagulho melhor”. Não sabiam eles que a “Pedra” que eu tinha não era temporária, e muito menos contraindicada. Dentre os que me cercaram, hoje tenho a alegria de saber que um deles é missionário em meio a missões urbanas, trabalhando com traficantes, usuários, travestis, prostitutas e pessoas que vivem nas ruas. Descobri com ele, e com o tempo que para me achegar a essas pessoas não preciso me vestir como eles, não é preciso falar como eles, mas preciso estar próximo, mostrar diferença, fazer diferença na vida deles, para que Cristo seja refletido em meu viver.
Você não precisa fazer algumas coisas para ser aceito pelas pessoas, mas precisa fazer a diferença para que as pessoas aceitem que Cristo tornou sua vida algo almejado por muitos. Torne a vida de outras pessoas agradável, tornando-se agradável aos que estão ao seu redor, faça a diferença sendo diferente, andando na contramão do sistema. Mostrando através de atos de amor que Cristo se importa com você e que se importa com os que lhe cercam.
Um grande abraço!
Nos eternos e fraternos laços do amor de Cristo.
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que só se importa em ser chamado de alguém que viveu para Cristo.
