Ontem foi véspera de Natal, um dos dias que geralmente eu trabalho muito. Há sete anos essa data é para mim um momento estressante durante o dia. São clientes querendo suas locações, são pessoas numa última hora precisando de material e não temos como atender. Mas quando chega a noite geralmente é tempo de desfrutar de descanso e paz.
No entanto, ontem foi uma véspera de Natal atípica, um Natal Pandêmico. Poucos presentes, ausência de peru, nada de pernil assado. Um Natal sem amigo oculto, e com pouquíssima aglomeração. Reunimos a família, e de braços dados louvamos a Deus por sua grandeza e pelo seu benefício para conosco em enviar seu filho amado com propiciação para nossos pecados.
Reunimo-nos a mesa, que estava farta sem os tradicionais “pratos natalinos”, que por mim deveriam ser substituídos, pois não representam de fato o sabor do Natal. Fizemos uma dinâmica legal, onde cada participante deveria escolher um dos membros da família sem repetir. E então dizer para ele algo que admira nele, ou seu sentimento por essa pessoa, quem sabe o seu desejo para ela e até mesmo expressar algo que alegra seu coração por causa da sua existência. Foi um momento admirável, aonde presenciamos amadurecimento, amor, ternura e afeto.
Como o grupo era reduzido à dinâmica foi gostosa, não havia cobrança de tempo e todos puderam falar um pouquinho. E o expressar destes sentimentos foi melhor que os presentes, ou as comidas “jingle bell”. O importante sim foi ter a presença de cada membro com saúde, paz e alegria. O amor era visível, o cuidado de um pelo outro e comunhão mútua em cada fala, abraço, aperto de mão, ou sorriso nos lábios.
Para o apóstolo São Paulo devemos ter o mesmo sentimento de Cristo, ou seja, devemos amar intensamente independentemente das circunstâncias, sejam elas boas e agradáveis, ou terríveis e más. Mas como Cristo nos amou se entregando sem precisar de algo em troca, devemos também amar sem esperar retribuição. Pois, com certeza amor gera amor, sorriso, paz e contentamento.
Pense nisso, esse Natal afastado da normalidade nos ensinou que o normal do Natal é amar e não o comer e o presentear. Portanto ame, cuide, abrace e ore por aqueles que você tem condições de expressar afeto e união.
Um grande e forte abraço!
Nos eternos e fraternos laços do amor de Cristo!
Rodrigo Fonseca Andrade
Um servo que preferiu todos os presentes a alguns presentes embalados.