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Finanças: Você faz parte da estatística?

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Rumo aos 3 milhões – uma análise da evolução do investidor pessoa física na B3


B3

Na quarta-feira (20/05), a B3 publicou um estudo que mostra a evolução do investidor pessoa física na bolsa brasileira.

Os slides rodaram bastante nos grupos e canais do Telegram do mercado financeiro, pois trouxeram algumas surpresas, até para aqueles que lidam diariamente com esse tipo de informação, como nós da Nord.

A novidade veio devido ao fato de que, até então, alguns dados não eram divulgados com este nível de detalhe.

A começar pelo número de Contas x Investidores por CPFs Distintos.

Nos comunicados anteriores, o tipo de informação que chegava para nós era:

"A Bolsa atingiu 2 milhões de investidores totais. São 2 milhões de CPFs cadastrados."

Mas ela vinha com uma nota de rodapé:

"Como a B3 considera os cadastros em cada agente de custódia, o cálculo pode contabilizar o mesmo investidor mais de uma vez, caso ele tenha conta em mais de uma corretora."

Nesse novo formato fica muito mais claro acompanhar como tem sido o crescimento de novos investidores na bolsa brasileira.

Ações, FIIs, BDRs, ETFs

Outra informação importante nesse estudo é o número de investidores por tipo de produto.

Ao contrário do que é normalmente associado, os 2 milhões de CPFs não são só de quem investe em ações. Esse número engloba também Fundos Imobiliários, BDRs e ETFs.

Ainda sim, o produto com a maior quantidade de investidores é ações, com 1,7 milhão de CPFs.

Isso representa um crescimento de 700 mil investidores em 2019, e 400 mil nos primeiros 3 meses de 2020.

Notem que a posição total (patrimônio) caiu de 254 bilhões de reais em fevereiro, para 190 bilhões de reais em março, reflexo da grande desvalorização da bolsa com a crise.

Quem se manteve firme e não "panicou" já foi recompensado com uma recuperação de quase 20 por cento da bolsa de lá para cá.

Outro dado interessante foi o total de CPFs que fizeram, no mínimo, um negócio ao mês. De 2018 para cá, o número saltou de 200 mil para 1,3 milhão, um aumento de 466 por cento.

Entretanto, a participação das pessoas físicas no volume total do mercado se manteve constante, em torno de 17 por cento, apesar do valor absoluto ter mais do que dobrado de 2008 para cá.

Estatísticas de sucesso

Acho que o dado mais interessante de toda a apresentação é: dos 223 mil novos investidores que entraram na bolsa em março, 30 por cento fez o primeiro investimento com menos de 500 reais.

A mediana do primeiro investimento caiu de 5 mil em 2014, para 1,6 mil reais em 2020.

(O estudo completo está aqui para quem quiser conferir.)

Não há a menor dúvida de que as plataformas digitais, com custos de execução cada vez mais baixos, são as grandes responsáveis por esse feito.

Ainda me lembro que em 2005, para abrir uma conta na corretora onde eu trabalhava, o cliente precisava ter pelo menos 100 mil reais.

Investidores com valores inferiores eram direcionados para clubes e fundos de investimento, por serem mais eficientes em termos de custos para a corretora.

Hoje em dia, a pessoa física tem ferramentas muito poderosas em mãos.

Eu observo essa evolução com muita alegria, porque não há nada mais libertador para o investidor do que ele poder traçar seu próprio caminho na construção do seu patrimônio.

Sem depender de um gerente mal preparado ou de ter que investir em produtos massificados, mal formatados e caros.

Aqui na Nord nós encorajamos que os primeiros investimentos sejam feitos assim como as estatísticas da bolsa. Com pouco dinheiro na largada, e aumentando a medida que o investidor vá ganhando musculatura.

Por isso minhas sugestões são:

Se você nunca investiu por conta própria, eu sugiro que comece comprando as primeiras 2 ou 3 ações do ranking da carteira recomendada do Nord Dividendos. Essa é a nossa série mais conservadora, e que vai te ajudar a sentir a temperatura da água da  renda variável.

Se você já investiu em algum fundo de ações, ou até já investiu na bolsa diretamente, eu sugiro que siga a carteira recomendada do Bruce na série O Investidor de Valor. Ao invés de focar só em empresas mais sólidas e boas pagadoras de dividendos, ele também busca oportunidades de ganhos mais expressivos de longo prazo.

Não tenho a menor dúvida de que, seguindo esses passos, você entrará não só nas estatísticas da bolsa, mas também na dos investidores de sucesso.

Um abraço,

Em observância ao Artigo 22 da Instrução CVM nº 598/2018, a Nord Research esclarece que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da estratégia que o norteia.

Postado originalmente por: Nord Research