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Finanças: Um pé em cada canto

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O tal do home bias

Como brasileiros, tendemos a estar sempre investidos em terras tupiniquins. Afinal, conhecemos as nossas próprias maluquices, crises sequenciais, recorrência dos erros etc.

Somos o país que, nos últimos 26 anos, teve nada menos do que 6 momentos de quedas dos mercados maiores de 30 por cento.

Esses dias, inclusive, conversando com um gestor que gosto bastante, escutei uma frase que explica muito bem o Brasil. Nesse dia, ele me disse: “Luiz, o Brasil é aquele país que decepciona tanto o otimista quanto o pessimista.”

Não há melhor definição que essa. Somos um país cíclico, com uma mistura de momentos de extremo otimismo e pessimismo. Além disso, como se não bastasse, o Brasil se tornou campeão entre as moedas emergentes em perda de valor.

As nossas ineficiências, a falta de ímpeto em reformas e a falta de produtividade podem ser facilmente constatadas de acordo com a forma rápida e voraz que o real foi devorado. Só conseguimos perder para a Argentina.

Fonte: Bloomberg

Fonte: Bloomberg

Isso, em si, já deveria ser um motivo para você ter parte do seu dinheiro em dólares.

Ainda assim, mesmo que você não queira isso por conta do dólar estar próximo das máximas, há um outro motivo para fazer essa expansão territorial: a diversificação de prêmio de risco.

Um pé em cada canto

A verdade é que o Brasil é uma pulga frente ao mercado internacional, sob qualquer métrica que você utilizar.

  • Somos somente 2,1 por cento do PIB mundial.  
  • Temos cerca de 324 empresas listadas, mas muitas delas sem liquidez. O mundo tem cerca de 43 mil.  
  • Somos 2,1 por cento do mercado de capitais global.

Poderíamos continuar aqui por algum tempo listando outros itens, mas imagino que você já tenha entendido a mensagem.

A verdade é que, por aqui, você acaba ficando muito à mercê das bonanças do mercado local e refém das poucas oportunidades.

Quando investimos globalmente, conseguimos endereçar ambos os problemas.

Primeiro que, investindo em economias ao redor do globo, conseguimos explorar prêmios de risco de mercado em diversas geografias. Logo, não havendo oportunidades por aqui, temos a liberdade de aproveitar ativos mais descontados em outros lugares.

Além disso, conseguimos aproveitar o crescimento de mercados mais estáveis e prósperos, como o americano. Ademais, torna-se possível construir um portfólio mais robusto e menos refém do que Brasília deixa ou não de fazer. Por fim, mas não menos importante, há a possibilidade de usufruir do desenvolvimento rápido de uma economia em franco crescimento (como a China).

Ray Dalio, em uma das suas apresentações, mostrou o que um portfólio construído entre as principais potências do século XX teria sido:

Fonte: Bridgewater Associates LP

Fonte: Bridgewater Associates LP

As linhas coloridas representam cada um dos países, e a linha preta consiste no portfólio, com pesos sempre iguais.

O interessante é que, mesmo sem saber que teríamos duas guerras mundiais, uma derrota completa da França, uma hiperinflação na Alemanha e que os Estados Unidos sairiam como a grande reserva de valor do mundo, ao diversificar entre todos, você ainda teria um retorno ótimo.

Olhando o próximo século, quem será o vitorioso? Os Estados Unidos? A China? Não sei, mas o TikTok está aí para deixar essa pulga atrás da orelha do Ocidente.

Diversificar entre regiões é importante, e eu posso ajudá-lo a dar o primeiro passo.

Um mundo de oportunidades

Entendo que, em muitos casos, as pessoas ficam com receio de investir internacionalmente por conta da cotação do dólar contra o real.

Confesso que, em muitas circunstâncias, tenho o mesmo receio. Entretanto, isso não deve lhe impedir de fazer bons investimentos internacionalmente, como pode ser observado no gráfico abaixo.

Gráfico com projeção de inclusão de 30 por cento da carteira em bolsa americana.

Fonte: Economatica

Veja que, incluindo 30 por cento da carteira em bolsa americana, é possível construir um portfólio mais rentável e com menos volatilidade – aumentando o risco versus retorno do portfólio.

Aos assinantes do Nord Fundos, recomendei recentemente um fundo brasileiro que faz justamente esse intercâmbio de Brasil e Estados Unidos de forma muito interessante.

Essa série busca as melhores oportunidades – aqui ou em território americano. É uma bela forma de começar. Convido você a conhecê-la!

Postado originalmente por: Nord Research