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Finanças: Um caso catastrófico, porém previsto!

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Olá, pessoal! Eu sou o Luiz Pedro, responsável pelo Nord Crypto Master, a carteira de criptoativos da Nord.

Se você leu o subtítulo do e-mail, já vou te trazer as respostas para as duas possíveis perguntas que podem ter passado pela sua cabeça :

  • SIM, um criptoativo perdeu -99,99 por cento do seu valor de mercado nesta semana;
  • NÃO, nós não tínhamos ele em carteira (embora muitos analistas do mercado o recomendassem).

E eu não estou falando de uma cripto pequena, daquelas que tem pouco mais de 1 milhão de dólares de valor de mercado. Essas surgem e somem aos montes todos os dias.

Neste caso, foi um evento raro. Eu estou falando de uma cripto que estava entre as dez maiores do mercado e que segunda-feira, dia 9, tinha 21 bilhões de dólares de market cap e, na sexta-feira, dia 13, tinha 6 milhões de dólares de valor teórico. Na prática, o valor é zero.

Sem mais mistério, o nome desta moeda é Terra Luna (LUNA). Hoje eu vou te contar o que aconteceu e a lição que podemos tirar disso como investidores.

Vou começar já pela lição: não existe almoço grátis. Não existe rentabilidade garantida e milagrosa em cripto. Muito menos se envolver moeda lastreada ou pareada com o dólar.

O caso da LUNA prova isso.

Pode ter sido um dos esquemas financeiros mais sofisticados e com maior prejuízo da história. Não vamos nos esquecer disso.

Explicando o caso, a Terra Luna é uma plataforma descentralizada de contratos inteligentes, similar à Ethereum, Solana, Avalanche, entre outras.

Sua principal função era a criação de criptomoedas pareadas a moedas fiduciárias (as chamadas stablecoins), como o dólar. Existem diversas dessa no mercado. A melhor, para mim, é a USDC; ela é lastreada em dólar, ou seja, para cada USDC emitido, a Circle, emissora dessa cripto, deve ter 1 dólar em caixa. Existem diversas outras similares.

Na Terra Luna, não havia a necessidade de um lastro 1 para 1 para criação de moedas pareadas em dólar. Foi criada uma arquitetura diferente para a sua principal stablecoin: a TerraUSD (UST).

Para emitir uma unidade de UST, deve-se trocar o equivalente a 1 dólar em LUNA, moeda da Terra Luna. Uma LUNA estava valendo, no começo da semana, algo próximo a 90 dólares. Ou seja, você conseguia trocar 1 LUNA por 90 UST.

O caminho inverso também era possível, ou seja, trocar UST por LUNA.

As LUNAs trocadas por UST eram tiradas de circulação (queimadas). O mesmo acontecia com os USTs trocados por LUNA.

Aqui já acende uma luz vermelha para um possível problema sistêmico. E se houvesse uma venda muito acelerada de UST? A tendência seria que houvesse uma perda na paridade com o dólar, por parte do UST, e um aumento significativo na disponibilidade de LUNA no mercado, levando a uma oferta muito maior que a demanda e, por consequência, uma possível pressão vendedora proveniente disso.

Postado originalmente por: Nord Research