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Finanças: Setor financeiro: os destaques e as escorregadas no tri

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Olá, investidor.

A temporada de balanços para os grandes bancos chegou ao fim.

Nesta newsletter, Danielle Lopes, analista responsável pela carteira Nord Ações, aponta os indicadores de cada instituição financeira, destacando qual está conseguindo navegar neste cenário de juros em alta com sucesso — e qual está escorregando, especialmente na carteira de crédito e inadimplência.

Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander

Tabela com resultados 1T21 x 1T22 de Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander.

Prestação de serviços

Notamos que o Banco do Brasil (BBAS3) superou seus concorrentes, Itaú (ITUB4), Santander (SANB11) e Bradesco (BBDC4), em se tratando de receita com prestação de serviços (segmento mais rentável de suas linhas de negócio).

Carteira de crédito

Já na carteira de crédito (mais forte entre bancos tradicionais) houve um forte crescimento. Contudo, nossa analista considera o crédito mais desinteressante porque é menos rentável para as empresas e mais sujeito às oscilações da economia como um todo. Ou seja, quando a economia está aquecida e com juros menores (o que incentiva o consumo), o segmento de crédito vai bem, mas, por outro lado, quando os bancos concedem empréstimos e financiamentos em uma economia com juros mais altos, os ganhos se tornam menores, além dos altos riscos de inadimplência.

Inadimplência

No momento atual do Brasil, com incertezas sobre a trajetória fiscal brasileira e pressões inflacionárias levando a taxas de juros mais altas, destacamos entre os grandes bancos o crescimento de provisões para devedores duvidosos, com exceção para o Banco do Brasil.

Inclusive, o BB foi o único que reportou lucros representativos, especialmente pelas quedas em provisões de desconto. Eles reduziram os descontos nas renegociações e, com isso, conseguiram impulsionar os lucros.

Destacamos Itaú e Santander como os bancos tradicionais mais rentáveis (ROE de 20,4 por cento e 20,7 por cento) e o Banco do Brasil como o mais barato (5x lucros).

Vale mencionar que o BB tem um risco maior entre os bancos por ser um Banco estatal e isso deve ser levado em consideração pelo acionista, pois dificilmente afirma que o risco já está embutido no preço.

Resultado dos bancos digitais

Olhando para a geração dos novos bancos, separamos as análises em dois momentos: primeiro, XP Inc. e BTG Pactual e, depois, Nubank e Inter. Confira os destaques.

XP e BTG

Tabela com resultados 1T21 x 1T22 de XP e BTG.

Receita e lucro

O BTG Pactual foi o destaque do trimestre com um crescimento superior a XP Inc.

A receita e o lucro do BTG cresceram +56 por cento e +65 por cento, respectivamente, enquanto a receita da XP cresceu apenas +19 por cento e os lucros +17 por cento.

Entendemos que a dependência da XP no segmento de varejo prejudicou os ganhos da empresa. No varejo, a receita ficou em 2,4 bilhões de reais, abaixo dos 2,7 bi de reais do 4T21.

Postado originalmente por: Nord Research