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Finanças: Os planos de Itaúsa, nova meta da XPBR, decisão do Fed e IBC-Br

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Nord Insider

Olá,

Nesta quarta-feira, 15, os mercados mundiais operam em leve alta à espera da decisão do Federal Reserve, seguida da entrevista do seu presidente, Jerome Powell. Ontem, 14,  o Ibovespa acompanhou o exterior, refletindo também a ata mais dura do Copom, e encerrou em queda de -0,58 por cento.

No local, o destaque da agenda econômica fica por conta da divulgação do índice de atividade, o IBC-Br de outubro, e o dado de inflação de dezembro do IGP-10.

? Banco Central mantém tom mais duro em ata

Quem achou que o Banco Central iria adotar um tom mais “dovish” na ata da última reunião do Copom, divulgada nesta terça-feira, 14, achou errado.

A autoridade manteve uma postura “hawkish”, defendendo juros mais altos e em linha com o tom mais duro do comunicado divulgado após a reunião da semana passada.

Na ata, o BC classificou a inflação ao consumidor como “elevada” e com “alta disseminada entre vários componentes” e ressaltou que ela tem se mostrado mais persistente que o antecipado.

Também vale ressaltar que a autoridade monetária reconheceu que a nossa atividade econômica está mais fraca e afirma que isso reduziu as suas expectativas para a atividade futura.

Na opinião da analista de renda fixa e sócia-fundadora da Nord Research, Marilia Fontes, o parágrafo 13, referente à condução da política monetária, é o mais importante da ata.

Leia a seguir:

“Quanto ao balanço de riscos, o Comitê ponderou que o risco de desancoragem das expectativas para prazos mais longos, derivado dos desenvolvimentos no cenário fiscal, indica que há viés altista para as projeções do seu cenário básico. Como consequência, o Copom avaliou que, considerado esse viés devido à assimetria de riscos, suas projeções se encontram acima da meta tanto para 2022 como para 2023. Diante desse resultado, o Copom concluiu que o ciclo de aperto monetário deverá ser mais contracionista do que o utilizado no cenário básico por todo o horizonte relevante.”

Ou seja, a autoridade monetária disse que a desancoragem das expectativas de inflação para 2022 e 2023 ocorreu devido à abertura fiscal para mais gastos — o que faz sentido.

A nossa analista acredita que se não tivesse ocorrido a flexibilização do teto de gastos, por exemplo, tanto o câmbio quanto as próprias expectativas para a inflação estariam melhores.

Por fim, como o cenário fiscal está desancorando as expectativas para cumprir as metas, o BC terá que elevar a Selic a níveis acima da taxa do cenário básico (11,75 por cento). Nesse sentido, a Marilia entende que a Selic pode chegar até 12,50 por cento ao longo de 2022.

Serviços apontam dificuldade para recuperação da economia

Ainda na terça, 14, surpreendendo negativamente o mercado, saiu o volume de serviços prestados no país, que teve queda de -1,2 por cento em outubro, na comparação com setembro, enquanto o consenso era de alta de +0,1 por cento.

É também o segundo mês seguido de queda do setor, que representa 70 por cento do PIB.

Com o resultado, o Banco Central deve ter ficado um pouco mais triste. Na ata da última reunião do Copom, a autoridade monetária destacou que o crescimento do setor de serviços deve beneficiar o desempenho da atividade em 2022. Mas parece que não será bem assim…

Postado originalmente por: Nord Research