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Finanças: Olhe a árvore, não a floresta

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O macro importa… mas é no micro que as oportunidades florescem

Trabalho de parto

Quinta-feira amena, com mercados em compasso de espera ante as morosas negociações entre Republicanos e Democratas. O trabalho de parto do famigerado pacote de estímulos, que promete nascer subnutrido, continua.

Com esse pano de fundo, mercados asiáticos tiveram leve queda enquanto dormíamos. Praças europeias seguem muito próximas do zero-a-zero e futuros nova-iorquinos acenam para modesta alta.

Complementam a narrativa do dia o avanço da Covid-19, expectativas em torno da aprovação emergencial de vacinas e, em terras tupiniquins, repercussões do Copom.

Da Covid-19…

A pandemia segue acelerando em diversas regiões do globo. Na Alemanha, medidas mais restritivas começam a ser impostas. Em terras tupiniquins, dados extraoficiais dão conta de elevação persistente da média móvel de casos.

Em algumas capitais, a taxa de ocupação dos leitos de UTI ultrapassa os 80 por cento. Não sei vocês, mas eu estou com um verdadeiro problema para Natale Réveillon este ano – inclusive pedi sugestões lá no Instagram.

A FDA (a Anvisa gringa) deve promover reunião hoje para discutir procedimentos para aprovação acelerada e emergencial de vacinas, tudo visando dar maior celeridade ao início do processo de imunização.

Vale ter em mente que não basta aprovar: é preciso produzir e distribuir. O desafio logístico da vacinação de Covid-19 será, com toda a certeza, o estudo de caso dentro de poucos anos.

(Aí, paro para pensar e lembro que esse mesmo desafio terá que ser enfrentado não somente pelos países de primeiro mundo, mas também alhures – por exemplo, no Brasilzão…)

…ao Copom

Viúvas do CDI: regozijai-vos!

Podemos não saber ao certo a magnitude dos impactos econômicos da segunda onda no Brasil em 2021, mas algo já sabemos: a não ser que algo muito fora do esperado ocorra nos próximos meses, reverberará a mensagem do nosso honorável Comitê de Política Monetária.

Em seu comunicado após a decisão de ontem, o Copom manteve estável as taxas básicas de juros em 2 por cento ao ano… mas alertou: com o andar da carruagem, começa a mirar não as expectativas de inflação de 2021, mas sim 2022. E, lá no horizonte, desponta uma inflação em linha com a meta.

Tradução? Vem aí um ciclo de alta da Selic, retirando os juros do patamar extraordinariamente baixo (e estimulativo) que vemos atualmente.

Não há de ser grande surpresa, mas vale ficar de olho na curva de juros.

Olhe a árvore, não a floresta

O mercado adora, no dia a dia, girar em torno de temas macroeconômicos. É PIB para cá, juros para lá, indicadores de atividade e tutti quanti.

Nem falarei das turbulências oriundas do noticiário político.

Fato, contudo, é que se as Ações chacoalham para todos os lados, a depender do tom do jornal do dia, no mundo real as Empresas seguem trabalhando.

Como já pontuei em diversas outras ocasiões, a velocidade com a qual as coisas acontecem no mundo real é muito diferente daquela retratada pelos mercados financeiros – cuja volatilidade, inclusive, ameaça constantemente nos confundir.

É a eterna disputa entre as abordagens top-down (macro sobre micro) e bottom-up (micro sobre macro).

Eu sou um fervoroso defensor do micro: ciclos econômicos vêm e vão; sismos brasilienses fazem parte do jogo, e as Empresas estão em constante adaptação para, a partir desses múltiplos cenários, ainda assim gerarem valor.

Estaremos hoje, às 16 horas, no nosso YouTube falando sobre oportunidades nascidas dentro das Empresas – e não reféns das idas e vindas da política e da economia.

Para você entender melhor o que isso significa e saber como se posicionar, fizemos um documento explicando uma excelente maneira de escolher suas Ações de hoje em diante.

Chegou a hora de sermos muito seletivos.

Postado originalmente por: Nord Research