Olá, investidor.
A bolsa brasileira começou 2022 com o pé esquerdo. A primeira alta do Ibovespa no ano veio somente na quinta-feira, 6, com ganhos modestos de +0,55 por cento.
No retrovisor, os investidores ainda amargam as perdas de 2021. Enquanto o principal índice da B3 encerrou o ano com queda de -11,93 por cento, as bolsas americanas bateram recorde de alta. O S&P 500, Dow Jones e Nasdaq fecharam no campo positivo, com altas de +26,9 por cento, 18,7% por cento e +21,4 por cento, respectivamente.
O ano das Big Techs
Por trás desses resultados, o analista internacional Cesar Crivelli destaca as Big Techs como empresas fortíssimas para o mercado mundial. Em 2021, por exemplo, o índice Nasdaq foi muito influenciado pelo desempenho das cinco maiores do setor (Apple, Microsoft, Amazon, Google e Meta). Quando removemos essas cinco empresas de tecnologia, o desempenho anual do índice americano passa para o campo negativo, de +21,4 por cento para -20 por cento.
Para 2022, o nosso analista acredita que essas empresas continuarão apresentando bons resultados, mesmo em meio a problemas inflacionários. O aumento nas taxas de juros americanas, entretanto, pode afetar o mercado como um todo.
Adicionalmente, os avanços da vacinação contra a Covid-19 e o aumento da liquidez com estímulos contribuíram para o bom desempenho das empresas listadas nos EUA no ano passado.
A má notícia do Fed
Na segunda-feira, 3, a ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve – o banco central americano – azedou os mercados mundiais pelo tom majoritariamente mais duro. O documento indicou um aumento nas taxas de juros antes do esperado e uma redução na carteira geral de ativos para conter a alta inflação nos Estados Unidos.
É importante ressaltar que o comunicado de segunda-feira se refere à reunião de 14 e 15 de dezembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) — na qual três aumentos na taxa de juros até o fim de 2022 começaram a ser sinalizados.
Postado originalmente por: Nord Research