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Finanças: O Novo Superciclo chegou?

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Investidores atentos às commodities no início de 2021. Nós avisamos há três meses.

Invasão? Que invasão?

As cenas protagonizadas no Capitólio ontem podem ter chocado muita gente (exceto os brasileiros, penso eu…), mas os mercados deram de ombros.

Prevaleceu a leitura de que, superado o momento político turbulento, há pela frente um governo recheado de estímulos econômicos – cenário este intensificado com a onda azul configurada nas duas câmaras do Legislativo americano.

O mercado, de olho no curto prazo, adora um estímulo. A discussão acerca da sustentabilidade fica para depois que todos estiverem com os bolsos recheados.

A madrugada foi tranquila na Ásia, e a manhã é de ganhos na Europa. Na mesma direção apontam os futuros de S&P.

É preciso saber ceder

Após a invasão da sede legislativa, Trump viu seu entorno começar a ruir. Tendo o President-elect sido reconhecido pelo Colégio Eleitoral, não restou ao topetudo muita alternativa senão acenar com a promessa de uma transição tranquila. Instituições ainda importam.

Tudo isso oportuniza que se volte a pensar em temas de 2021: se, por um lado, o início de campanhas de vacinação mundo afora renova esperanças de que a pandemia de Covid-19 chegará ao fim, por outro a morosidade inerente a esse processo tão logisticamente complicado e o surgimento de novas variantes do vírus prometem meses ainda complicados pela frente.

O mercado, por óbvio, tenta olhar para além. Contudo, não nos descuidemos do agora, ok?

Uma Cemig mais Light (ou seria menos?)

Essa fazia tempo que estava para sair.

Na madrugada passada, a Light (LIGT3) anunciou que promoverá uma oferta primária e secundária de ações, com potencial de movimentação de pouco mais de 3 bilhões de reais.

Do montante, cerca de metade irá para o caixa da elétrica fluminense. O restante? Surpresa: é a Cemig (CMIG3, CMIG4) zerando a sua participação na Companhia.

Tenho para mim que não faltarão interessados. Num passado não muito distante, a Equatorial (EQTL3) manifestou interesse no ativo.

Do outro lado, não tenho a menor dúvida de que o desinvestimento faz todo o sentido do mundo para os mineiros: se não me falha a memória, já se vão 14 ou 15 anos desde que eles iniciaram nessa difícil empreitada de melhorar os números da empresa fluminense. Nesse período, entretanto, sua própria situação piorou – podem botar na conta da Dilma e do Pimentel – e suscitou, em anos recentes, um necessário programa de desinvestimentos.

Eu sigo curioso para ver se os mineiros também abrirão mão da Taesa (TAEE11) – que certamente também teria boa liquidez se oferecida no mercado.

Cenas para os próximos capítulos. Enquanto isso, a transmissora segue como uma das estrelas do Nord Dividendos.

O Novo Superciclo chegou?

Nas últimas semanas, o tema esquentou. Nesta, um banco global colocou a situação nos mesmos termos que evocamos em setembro passado.

Print de uma manchete de artigo do Reuters: "Goldman proclaims the dawn of a new commodity supercycle: Andy Home. LONDON (Reuters) – Will COVID-19 kick-start a new commodities supercycle? Goldman Sachs thinks so.

Fonte: Reuters.

Para os leitores da Nord, o tema não é novo: eu vinha acompanhando essa situação desde meados de julho passado e, em setembro, publicamos este vídeo:

De fato, o que sinalizamos lá atrás está se concretizando: passado o período mais agudo da pandemia de Covid-19, a China está promovendo crescimento a fórceps, com impactos relevantes nos preços das principais commodities – e, por óbvio, trazendo ganhos relevantes para as suas produtoras.

Avisamos. Como sempre, a pergunta que chove agora é: “ainda dá para entrar?”

Pois bem: falaremos sobre isso na nossa Live de hoje, às 16h. Esperamos você lá.

Postado originalmente por: Nord Research