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Finanças: Melhor trimestre desde 1998

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Forte recuperação do mercado norte-americano resultou na maior valorização trimestral desde o final da década de 1990

Trimestre Histórico

Com o encerramento do segundo trimestre de 2020, o otimismo prevaleceu nos mercados norte-americanos, a despeito da maior crise econômica desde 2008.

O índice S&P500 subiu pouco mais de 20 por cento no segundo trimestre do ano e está apenas 10 por cento da máxima histórica — uma recuperação invejável, não é mesmo?

Não só o mercado norte-americano parece ignorar os efeitos catastróficos da crise atual — que devem perdurar por mais alguns trimestres. O índice MSCI All Contry World Index — que apura a variação das bolsas de valores de países desenvolvidos e emergentes — teve alta de 17 por cento no segundo trimestre deste ano.

O índice de tecnologia Nasdaq passou incólume pela crise deflagrada pela COVID-19. Neste ano teve alta de, estrondosos, 12 por cento e está próximo de bater a máxima histórica.

O Motivo para tanto “otimismo”

Agentes de mercado ressaltam que o pior ficou para trás e agora o que vale mesmo é olhar para 2021, apesar de algumas economias só retornarem para o nível pré-crise ao final do próximo ano, ou mesmo em 2022.

Mas as empresas têm vida própria, não? Elas não dependem da economia real. Sei…

O fato de grande parte dos poupadores mundo afora receberem zero remuneração, bem como os trilhões que inundaram a economia mundial por conta de ações de “ajuda” dos bancos centrais — a despeito de um forte incremento na dívida pública de vários países —, estão literalmente empurrando os mercados de ações para cima.

Quer pagar quanto?

Como o que “vale” é olhar para 2021 —  quiçá 2022 — destaco o gráfico abaixo que mostra o múltiplo Price/Earnings (Preço/Lucro) do S&P500 projetado para os próximos dozes meses. Estamos no maior patamar dos últimos anos, ou seja, o retorno do investimento — sob esta ótica — vai demorar bastante tempo…

Com chances de uma segunda onda do coronavírus se materializar nas próximas semanas, e múltiplos consideravelmente esticados nos mercados globais, creio que neste momento, a estratégia bottom-up — trata-se de analisar cada empresa, suas peculiaridades e potencial no longo prazo, ao invés de investir de acordo com o cenário macro — é mais necessária do que nunca.

Em observância ao Artigo 22 da Instrução CVM nº 598/2018, a Nord Research esclarece que oferece produtos contendo recomendações de investimento pautadas por diferentes estratégias e/ou elaborados por diferentes Analistas. Dessa forma, é possível que um mesmo valor mobiliário encontre recomendações distintas em diferentes produtos por nós oferecidos. As indicações do presente Relatório de Análise, portanto, devem ser sempre consideradas no contexto da estratégia que o norteia.

Postado originalmente por: Nord Research