fbpx
Pular para o conteúdo

Finanças: Mataram o dragão

Image

Inflação parece uma memória distante

Sextou? Sextou!

Mercados em dia positivo mundo afora, com investidores monitorando com menos emoção os últimos desenvolvimentos da guerra comercial entre China e EUA.

Uma nova rodada de negociações deve ocorrer ainda este mês e há sinais de que, mesmo sem o alcance de um acordo, seria intenção de Washington postergar as novas tarifas programadas para entrar em vigor em dezembro.

Por aqui, o clima mais ameno do exterior contagia e, enquanto a turma do Condado se prepara para tomar umas no Boa Praça mais tarde, o dia promete se desenrolar com índices no campo positivo.

Mataram o dragão

Lembra do “dragão da inflação”? Pois é: se você lembra, provavelmente os cabelos brancos já começaram a brotar na sua cabeça.

Digo isto porque o bicho anda fraco que só ele. Quem vê nem acredita que, num passado muito distante, ele nos dava trabalho — e muito.

O núcleo do IPCA que abrange serviços, alimentos e bens de consumo avança, nos últimos 12 meses, meros 2,4 por cento.

E tudo indica que, a despeito da menor Selic da história — nunca antes na história deste país —, o indicador consolidado deve fechar o ano abaixo da meta de 4,25: por volta de 3,3 por cento.

Emprego voltando

A despeito de tudo que todos os jornais fazem questão de fazer parecer — e sabemos o porquê —, as coisas estão melhorando. Talvez a passos não tão rápidos quanto gostaríamos, mas estão.

Os dados de emprego do Caged, divulgados ontem, mostraram criação de empregos pelo sétimo mês consecutivo: mais 70.852 vagas abertas. Despontaram na abertura de postos de trabalho o comércio e os serviços.

E isto é um dado particularmente especial: sinal de que se está percebendo aumento da demanda na ponta final do consumo.

Estamos avançando.

Dê-me uma alavanca e moverei o mundo

E com essa mesma sensação de que estamos avançando discretamente eu fiquei no encerramento da temporada de resultados do 3T19.

Nas empresas do Nord Dividendos, foram raras as surpresas — e, quando existiram, predominaram no campo positivo, com Empresas apontando desempenho acima das expectativas.

Quando olho para o radar do Nord Small Caps, por sua vez, vejo se concretizar um movimento do qual falávamos, por aqui, ao longo do primeiro semestre: resultados crescendo mais (bem mais) do que faturamento. Receita cresce X; lucro cresce 2X.

Isto se dá por conta da diluição de custos e despesas fixas. Chama-se alavancagem operacional.

Conforme disse diversas vezes, as Companhias passaram por um longo período de estiagem se adaptando internamente. Cortando onde tinha para cortar. Otimizando capital de giro, postergando ou mesmo cancelando projetos de investimento, buscando incessantemente oportunidades de ganho de eficiência operacional.

Agora, com a demanda voltando, as Empresas são como máquinas extremamente bem ajustadas. Com alta eficiência vem maior rentabilidade.

Só não vê quem não quer.

Vale com caixa de sobra

Também só não vê quem não quer que Vale (VALE3) está com caixa para dar e vender, e isso não permanecerá assim para sempre.

Apesar do 2019 trágico e em paralelo às necessárias medidas de reparação, a Companhia desfrutou de boas condições de mercado para seus principais produtos e gerou generosos fluxos de caixa.

Na falta de grandes projetos de investimento à frente, o dinheiro começou a empilhar no cofre.

Nesta semana, a Empresa anunciou a recompra de títulos de dívida que venceriam em 2022. O saldo é da ordem de 1 bilhão de dólares.

Anote: é questão de tempo (e não muito!) para que a mineradora retome a política de remuneração de seus acionistas.

Compre VALE3.

Postado originalmente por: Nord Research