Nord Insider
Olá,
Nesta sexta-feira, 10, os mercados globais operam em baixa até o momento, motivados pelo anúncio de crescimento do Reino Unido abaixo do esperado. Aqui, no Brasil, o Ibovespa fechou em queda de 1,67 por cento ontem, após 5 dias seguidos de alta.
Na agenda econômica, o destaque local vai para o IPCA, e nos Estados Unidos para os preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), ambos referentes a novembro.
Novo marco legal para o mercado de câmbio vai para a sanção
Falta uma “canetada” do presidente Jair Bolsonaro (PL) para que pessoas físicas possam abrir e manter contas em moeda estrangeira no Brasil, como o dólar ou o euro.
Atualmente, a prática é restrita a situações específicas, como para embaixadas, consulados e corretoras de câmbio. Entenda “em que pé” estamos…
A proposta para o novo marco legal (PL 5.387/2019) para o mercado de câmbio foi encaminhada ao Congresso em 2019, sendo uma iniciativa do Banco Central e do presidente da instituição, Roberto Campos Neto.
Em dezembro de 2020, o texto-base do projeto de lei foi aprovado pelos deputados federais, mas ficaram pendentes as votações de destaques. Em fevereiro deste ano, a tramitação na Câmara dos Deputados foi totalmente concluída.
Na quarta-feira, 8 de dezembro, o projeto de lei foi aprovado no Senado e, como já havia tramitado pela Câmara dos Deputados, segue direto para a sanção do presidente.
As principais vantagens
Na visão do fundador e responsável pela gestão de patrimônio da Nord Wealth, Renato Breia, o projeto traz mudanças significativas ao mercado de câmbio. A principal vantagem, além da possibilidade de abertura de conta em moeda estrangeira no país, é a redução de custos para as empresas brasileiras que importam ou exportam para o exterior.
Outro ponto relevante é que o novo marco pode simplificar a participação de investidores internacionais em transações de títulos públicos no exterior, o que, por sua vez, pode aumentar a negociação da moeda nacional (real) nos mercados financeiros globais, por exemplo.
Entenda o cenário das locadoras em meio à crise das montadoras
Cerca de 300 mil veículos, em relação ao que foi estimado no início de 2021, deixarão de ser produzidos no Brasil este ano devido à falta de componentes eletrônicos nas linhas de montagem. A expectativa é da Anfavea, entidade que reúne as montadoras.
Para 2022, a Anfavea estima que o gargalo em relação à escassez de chips deve continuar e prevê a retomada completa do fornecimento apenas em 2023.
Para a analista de ações da Nord Danielle Lopes, as locadoras poderiam aumentar ainda mais seu crescimento se a oferta de carros novos no mercado fosse maior. Mas, por enquanto, não há sinal de alerta. As grandes empresas desse setor, como Localiza, Unidas e Movida, têm conseguido repassar os preços ao consumidor conforme observado nos balanços operacionais do terceiro trimestre.
Nossa analista cita que as locadoras adquiriram menos veículos novos este ano e estão com bastante caixa, o que as deixa preparadas para um cenário mais desafiador no próximo ano.
Postado originalmente por: Nord Research