Ontem, próximo da abertura do mercado, o Ibovespa ultrapassou os 109 mil pontos, o maior nível histórico.
Ontem, próximo da abertura do mercado, o Ibovespa ultrapassou os 109 mil pontos, o maior nível histórico.
Com isso, o índice já acumula alta de quase 25 por cento nos últimos 12 meses. Sendo que 20 por cento se devem apenas de maio para cá.
Se você já acompanhava a Nord neste período, certamente pegou esta tendência de alta. Não faltaram avisos de que agora estávamos em um excelente momento para a bolsa.
Se apenas nos conheceu depois, saiba que nossa cabeça ainda é muito otimista.
O crescimento econômico está começando, apenas agora, a dar sinais de retomada.
Alguns indicadores antecedentes de emprego informal e de crédito mostram que estamos em novas máximas dos dados de atividade também.
O início de uma recuperação econômica não mostra todos os dados sincronizados. Acontece, porém, uma grande mistura de indicadores, cada um para um lado. Até que eles se alinham e a economia vira rápido.
Isso está acontecendo e me dando muita confiança para o ano de 2020.
Podemos acabar tendo um crescimento acima de 2,5 por cento, que hoje nos parece impensável.
Mas os juros estão rumando para 4 por cento, os bancos estão capitalizados, a inadimplência está baixa, e as famílias estão pouco alavancadas, e o emprego está voltando.
Tudo isso cria a "tempestade perfeita", mas de forma positiva.
Do lado das empresas, o custo da dívida está baixíssimo, as reformas deixaram as contratações mais flexíveis, o setor público deixou de ser o motor do crescimento, e muitas medidas estão indo no sentido de aumentar a liberdade econômica.
As contas nacionais estão surpreendendo com déficits menores. O custo da dívida pública está caindo forte – e vai seguir caindo com o Tesouro emitindo títulos cada vez mais longos e com taxas baixíssimas.
Se, como dizem os analistas de ações e gestores, o preço das ações segue o lucro das empresas, não consigo esperar nada além de um crescimento rápido e forte dos lucros.
Claro que sempre há riscos!
Mas, mesmo assim, estamos no melhor cenário possível, pois os maiores riscos são externos, e não relacionados a economia local.
Não teremos eleições ano que vem, e já resolvemos nosso problema de dívida crescente com a Reforma da Previdência.
Temos que acompanhar de perto o desaquecimento econômico global, para que uma crise não aborte nossa recuperação.
Mas os Bancos Centrais estão empenhados em fazer cada vez mais estímulos, postergando a possível crise para os próximos anos.
A guerra comercial entre China e EUA deve também nos dar uma folga, uma vez que teremos eleições americanas disputadíssimas e o atual presidente, Donald Trump, não pode criar marolinhas.
Estar no ativo certo vai fazer diferença daqui para frente
Esse primeiro movimento de alta dos ativos aconteceu de forma generalizada.
Tanto a bolsa subiu 20 por cento desde maio, quando uma NTN-B 50 também subiu os mesmos 20 por cento.
Agora, enquanto a bolsa ainda tem espaço de sobra para subir, os juros já dão sinais de limite.
O Banco Central sinalizou que estamos próximos a um final de ciclo no comunicado do último Copom. E hoje teremos a ata para explicar melhor até onde a Selic pode ir.
Além disso, uma surpresa altista no crescimento do ano que vem também poderia causar um aumento dos prêmios da curva de juros. Enquanto esse mesmo fator é nitroglicerina para a bolsa.
No último relatório do Renda Fixa PRO eu mostrei o quanto a curva precifica de queda da Selic para os próximos 6 meses, e o quanto ainda temos de espaço para os juros caírem. Quem ainda não conferiu o relatório pode acessar aqui.
Um abraço,
Marilia Fontes
Postado originalmente por: Nord Research