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Finanças: Ibovespa tem segunda alta; análise de Saraiva, NEOE3 e Fundo da Adam

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Nord insider

O Ibovespa fechou em alta na quarta-feira, 24, de 0,83 por cento, aos 104.514,19 pontos, puxado pelas ações de commodities e avanço da PEC dos Precatórios no Senado.

Na agenda desta quinta, 25, feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, os destaques ficam por conta do cenário interno. No Brasil, o IBGE divulga o IPCA-15, prévia da inflação oficial brasileira. Sai também outro dado inflacionário, o Índice Nacional de Custo de Construção – Mercado (INCC-M) de novembro, divulgado pela FGV.

Saga da PEC: senado votará em 30 de novembro

A votação da PEC dos Precatórios na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado voltará à pauta do colegiado na próxima terça-feira, 30, segundo parecer apresentado pelo líder do governo, Fernando Bezerra.

Nos próximos dias, devemos ter uma decisão sobre a proposta que pretende dar margem ao Executivo para colocar em prática o “Auxílio Brasil”, programa do governo em substituição ao “Bolsa Família”.

Considerada prioritária, a intenção de Bezerra é garantir a aprovação da PEC a tempo de permitir o pagamento do auxílio antes do Natal.

O que mais é destaque no cenário doméstico?

As ações da Saraiva e o que podemos aprender sobre investimentos

Sem conseguir vender ativos, a situação da livraria Saraiva (SLED3) chama a atenção do mercado, pois agora a rede corre o risco de ter decretada sua falência.

Crise na Saraiva

A Saraiva entrou com o pedido de recuperação judicial em 2018 por conta de dívidas que somavam cerca de 674 milhões de reais na época.

A companhia chegou a ser considerada uma das maiores do ramo no Brasil e, devido ao seu sucesso, em 1972, transformou-se em uma empresa de capital aberto.

Na Bolsa de Valores brasileira, a B3, os papéis ordinários ON, negociados sob o ticker SLED3, fecharam na quarta-feira, 24, estáveis, cotados a 0,68 real – bem longe do pico de 18,47 reais em 2011.

Agrupamento de ações

Na tentativa de manter seus papéis acima do valor de 1,00 real, a Saraiva aprovou nesta semana o grupamento das ações ordinárias (SLED3) e preferenciais (SLED4) na proporção de 35 para 1.

Com a operação, o capital social da empresa de 301.976.036,03 milhões de reais passará a ser dividido em 1.811.719 ações. O movimento foi deliberado em resposta às pressões que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) fez em setembro deste ano para elevar o preço das ações.

Evitando o inevitável

Na tentativa de ganhar tempo para uma nova negociação, a Saraiva pediu a suspensão de sua assembleia de credores marcada para quarta, 24, à tarde, e o pedido foi aceito pelas empresas. Uma nova assembleia foi agendada para o dia 9 de dezembro.

A Saraiva já não dava lucro desde 2016, e nossa analista de ações Danielle Lopes comenta que uma empresa com lucros instáveis e geração de caixa operacional (as atividades do dia a dia) insuficiente está fadada ao fracasso.

Em certos anos, Saraiva mantinha caixa apenas com as linhas de crédito, o que os analistas chamam de baixa qualidade de caixa.

Por sorte, o investidor não precisa passar por isso junto às empresas.

O risco das ações mais baratas da Bolsa

Danielle comenta que a Saraiva tem deixado algumas boas lições para quem pretende começar a investir seu dinheiro.

Quando fazemos o processo de seleção de ações usamos o indicador dívida líquida/EBITDA. Dentre todos os indicadores de endividamento, esse é o de mais confiança quando analisamos empresas com históricos de Ebitda e lucros positivos – o principal foco já que, no longo prazo, a valorização das ações acompanha o crescimento de seus resultados.

Explicando… a dívida líquida mostra as dívidas da companhia menos os recursos disponíveis para quitá-las no curto prazo. Já o EBITDA é o histórico dos últimos 12 meses.

Não é uma regra, mas por convenção achamos interessante empresas com um nível de até 3x dívida líquida/EBITDA. No caso dos bancos e seguradoras, como não tem Ebitda,

olhamos para outros indicadores mais específicos, como basileia, mas esse é um assunto para outra news.

Continuando… quando observamos que uma empresa está elevando esse múltiplo, é o nosso trabalho, enquanto analistas, acompanharmos mais de perto para entender se a dívida está concentrada mais no curto prazo, entre 2-3 anos, ou no longo prazo, entre 5-10 anos.

Além disso, também nos concentramos em entender qual a capacidade da empresa de continuar gerando caixa, pois a gente sabe que quanto maior o caixa, maior a probabilidade da empresa pagar suas dívidas e, consequentemente, a dívida líquida cai.

Muita gente entrou na Saraiva querendo ganhar dinheiro, e hoje amargam perdas por terem apostado em uma empresa bastante alavancada.

Esse exemplo serve também como alerta para os IPOs (Oferta Pública Inicial) da Bolsa. Quando uma empresa realiza o IPO, no prospecto, você precisa entender qual o nível de alavancagem. Se está em níveis elevados, como 5x ou 6x dívida líquida/EBITDA, é melhor ficar de fora no momento.  

Em muitos casos, na primeira turbulência, as novatas da Bolsa voltam a se endividar por conta da má gestão dos recursos, apostas em aquisições que não trouxeram o retorno esperado, entre outros fatores.

Conheça a série que traz como analista responsável a Danielle Lopes. Acesse o Nord Ações e comece a investir.

NEOE3: confira a nossa análise gratuitamente

As ações do setor de utilities, que contempla as empresas de saneamento básico e energia, são vistas como um bom porto seguro na Bolsa pelo fato de terem um fluxo de caixa futuro mais previsível.

Entre as utilities, destacam-se as empresas de energia por serem pagadoras de dividendos, atraindo a atenção de investidores. Nosso analista de ações, Guilherme Tiglia, elencou Neoenergia (NEOE3) como uma de suas preferidas para os próximos meses. Confira a nossa análise gratuitamente.

O que é a Neoenergia?

Basicamente, é uma empresa de energia integrada que atua em 18 estados e no Distrito Federal. Sua principal atividade é a distribuição, mas também tem presença em transmissão e geração.

Setor de distribuição

O crescimento orgânico da parte de distribuição é o principal driver de resultado futuro de Neoenergia. É esperado um aumento de +1,5 milhão de consumidores a cada 4/5 anos.

Esse crescimento é acompanhado de um Capex obrigatório de 4 bilhões de reais por ano, sendo 50 por cento direcionado para expansão e 50 por cento para garantir a robustez da rede.

Na nossa avaliação, ainda existe muito espaço para crescer no setor de distribuição, aumentando ainda mais a exposição no Nordeste (sua principal região de atuação), onde há uma alta demanda reprimida por energia elétrica.

Além disso, a Neoenergia está preparada e bem posicionada caso o cenário econômico piore ainda mais, pois a receita é indexada à inflação e os custos crescem menos que a inflação.

Outro ponto que chama a nossa atenção é que a companhia ainda possui créditos tributários volumosos que podem ser utilizados para segurar o aumento das tarifas dos clientes, ajudando a controlar a inadimplência.

Postado originalmente por: Nord Research