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Finanças: Entre a cruz e a espada

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Semana dividiu investidores: é hora de tomar risco?

Terreno difícil

A semana caminha para o final em tom negativo.

Mercados asiáticos tiveram sessão de perdas em meio a um expressivo aumento de taxas no money market chinês. Praças europeias têm dia negativo em meio a percepções econômicas desfavoráveis. Nos EUA, quem diria: a atenção é voltada para os traders em meio a sinalizações da Robinhood de relaxamento de restrições.

Caminhando para o final da pior semana de mercado em três meses, investidores se dividem: enquanto uns sinalizam apetite para buy the dip à espera de estímulos econômicos, outros se atêm a preocupações com o ritmo das campanhas de vacinação.

E depois das eleições?

Ocorrem, na próxima segunda-feira, as eleições para as presidências da Câmara e do Senado – que serão, muito provavelmente, o evento político mais importante da semana para os tupiniquins.

É fato patente que as recorrentes dificuldades de articulação entre Executivo e Legislativo imprimiram dificuldades extraordinárias ao avanço de pautas importantes para o país nos últimos anos. Por conta disso, os resultados desses certames podem ter repercussões significativas sobre o que será possível fazer à frente.

Não são pequenas as preocupações com o front fiscal. Por outro lado, não é pequena a chance de discussões que ampliam gastos – por exemplo, as referentes a uma segunda rodada de auxílio emergencial – ganharem espaço sem contrapartidas necessárias ao Brasil.

Fiquemos atentos.

Fincando a bandeira

Roberto Castello Branco, CEO da Petrobras (PETR4), colocou o governo no corner.

Às vésperas de uma possível greve de caminhoneiros, o executivo não economizou em sua fala: afirmou que as agruras da categoria não são problema da petroleira, que segue fiel à sua política de preços de combustíveis.

O movimento me parece estratégico: após tais declarações, eventuais ingerências governamentais sobre a precificação seriam (serão?) flagrantes de interferência. O capital político necessário para meter o bedelho ficou alto.

Percebo, no movimento, certo eco do recentemente visto na Eletrobras (ELET3): ao vir a público vociferar que é sua a atribuição de nomear o próximo CEO da estatal, o Conselho de Administração dificultou (e muito) que o mundo político rife o cargo.

Continuem assim.

Não se vence na base do grito

Os últimos dias foram de fortes emoções no mercado americano, com pequenos investidores organizados para inflar cotações de Ações de baixa liquidez na base do grito. Não tardou para que demais participantes sentissem impactos e que potenciais danos ao sistema fossem levantados.

As únicas certezas que tenho nessa história toda é que isso não vai acabar bem… e que o desmonte desse circo vai levar o dinheiro de muita gente.

Ontem, fizemos uma live comentando o caso – e, inclusive, suas repercussões no mercado brasileiro. Eu recomendo fortemente que, caso já não o tenha feito, você assista.

Depois do estrago feito, não adianta chorar.

Postado originalmente por: Nord Research