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Finanças: Como ganhar dinheiro de verdade com cripto

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Olá, meu nome é Luiz Pedro, e sou um dos especialistas de investimento da Nord Research. Eu cheguei para ser responsável por um tipo de ativo que até então a Nord não acompanhava de perto, os criptoativos.

Muitos que já se interessaram por criptoativos e pesquisaram um pouco mais devem ter visto pessoas falando que cripto é uma classe de ativos de curto prazo ou o extremo oposto: é só comprar e esquecer.

Se você ouviu isso, limpe sua mente dessas informações, porque hoje eu quero mudar completamente a forma como você vê essa classe de ativos.

O buy and hold é uma filosofia extremamente válida, e a visão de cripto tem que ser para o longo prazo. Mas “comprar e esquecer” é deixar muito dinheiro na mesa. É o que eu quero te provar hoje: a melhor forma de investir em cripto é com gestão ativa voltada para o longo prazo.

Os ciclos do mercado cripto

O mercado de criptoativos tem um padrão de comportamento. Acredite: esse padrão não cansa de se repetir.

Ter conhecimento sobre a natureza de um mercado e entender os pormenores que o levam a ser assim é uma das principais fontes de lucros que nos dão a oportunidade de otimizar a rentabilidade de longo prazo, com alocações e movimentos táticos nos horizontes menores de tempo.

Aqui eu não estou falando de trade. E posso te garantir: você nunca vai me ouvir falar sobre trade de cripto. Nada contra quem faz, apenas não é a minha filosofia de investimento.

Disclaimers feitos, vamos destrinchar melhor os ciclos do mercado cripto e discorrer um pouco sobre como você pode aproveitá-los da melhor forma.

Para começo de conversa, é importante que todos saibam que o Bitcoin é o responsável por ditar a direção do mercado. Se o Bitcoin está subindo e o sentimento acerca do ativo é positivo, o cenário se torna favorável para todas as outras criptos. O inverso é igualmente válido.

Vou mostrar isso através da correlação.

A correlação entre dois ativos é uma métrica que varia de -1 a 1. Quando a correlação é -1, os ativos são 100 por cento correlacionados negativamente. Isso quer dizer que quando um cai, o outro sobe. Quando a correlação é 1, os ativos sempre sobem juntos.

Dada essa informação, veja a correlação entre os criptoativos e o Bitcoin:

Correlação entre os criptoativos e o Bitcoin.
Fonte: cryptowat.ch

Quando se vê essa correlação positiva de mais de 50 por cento entre os criptoativos, é natural que se pense: “então basta comprar Bitcoin e eu já estou exposto ao mercado de forma satisfatória, certo?”.

Errado.

Conhecendo os ciclos menores do mercado, é possível obter muito mais valor com uma alocação cautelosa, diversificada e, mais importante, dinâmica.

Primeiramente, existem dois ciclos importantes no mercado cripto: o ciclo maior e o ciclo menor.

O ciclo maior, ou ciclo de halving do Bitcoin, dura em média 5 anos.

Ele se baseia em um evento pré-programado em que, a cada 4 anos, a emissão do Bitcoin cai pela metade. O Bitcoin é emitido a cada bloco de transações que é validado para remunerar os donos das máquinas que trabalham para a validação desses blocos. Isso acontece a cada 10 minutos, aproximadamente.

O Halving, nome dado ao evento quadrianual, é um momento em que essa “recompensa” cai pela metade. Quando o Bitcoin foi criado, eram emitidos 50 BTC por bloco validado. Hoje são emitidos 6,25 BTC por bloco e, em abril/maio de 2024, essa quantidade cairá para 3,125.

Esse evento causa um choque de oferta no Bitcoin, que tende a refletir num aumento do preço do ativo nos meses subsequentes.

Os grandes ciclos costumam se desenhar com uma grande expansão nos preços, nos meses pós-halving, seguidos por uma realização de lucros. Esses “fenômenos” são conhecidos como “verão” e “inverno” cripto. Verão = altas, inverno = quedas.

Esse ciclo maior é o suficiente para quem se contenta com pouco. Compra Bitcoin e algumas criptos ali, logo depois do halving, segura por 2 a 3 anos e pronto. Quem fez isso, no passado, ganhou dinheiro.

Mas sabe quem ganha dinheiro mesmo no mercado de criptoativos? Quem entende e consegue se ajustar às dinâmicas de médio prazo do mercado, captando mais valor dentro dos ciclos.

É claro que, para fazer isso, deve-se começar com uma análise e uma seleção meticulosa dos ativos que farão parte do seu portfólio de investimentos para o longo prazo. Além disso, é necessário ficar sempre atento em relação às novidades que surgem no meio do caminho.

Após essa seleção, é necessário entender o ciclo menor, ou melhor, os ciclos menores dentro de um período de alta, para captar o maior valor possível com esses ativos.

É necessário entender duas coisas que majoram esses ciclos menores:

  1. O Bitcoin puxa a fila.
  2. O mercado cripto se alimenta de narrativas.

Começando pelo primeiro item, o mercado se comporta, nos seus ciclos menores e de modo geral, da seguinte forma:

  • O Bitcoin sobe com volume alto, puxado por gatilhos próprios;
  • isso traz visibilidade para o mercado e o sentimento de ganância para o mercado;
  • o Bitcoin deixa de ser o alvo e seu preço acaba estabilizando, ou enfrentando uma leve queda;
  • os olhos do mercado se viram para os outros projetos e o fluxo de capital começa a ir para esses projetos;
  • por terem menor capitalização, esses projetos acabam tendo uma apreciação porcentual maior que o Bitcoin.

Sabendo dessa dinâmica, fica mais fácil identificar os momentos de pesar mais a alocação no Bitcoin e os momentos de colher parte dos lucros, rebalanceando nos outros projetos do seu portfólio.

Além disso, e agora falando do segundo ponto citado, o mercado de criptoativos é extremamente dinâmico e o foco dos investidores também.

A cada momento dentro de um ciclo de alta, surgem setores que crescem mais aos olhos dos investidores e/ou alcançam maior adoção de grandes empresas ou investidores institucionais.

Chamo isso de “narrativas”, e cada época tem uma. Em 2020, vimos a narrativa das finanças descentralizadas, por volta de novembro, quando os ativos de DeFi (acrônimo para finanças descentralizadas, derivado do inglês) tiveram uma apreciação expressiva, comparada com os outros setores do mercado.

Posteriormente, tivemos o conhecimento amplo sobre os tokens não fungíveis (NFTs) e sua imensa presença em diversas aplicações, incluindo os jogos descentralizados. Por meses, no começo e meio de 2021, esse setor se destacou dos demais.

Simultaneamente, por mais alguns meses, tivemos o foco direcionado para as plataformas que dão base para as aplicações descentralizadas e que entregam maior escalabilidade do que a Ethereum, que é a principal do setor. Solana, Avalanche, Polkadot e Fantom foram alguns dos destaques dessa classe de ativos descentralizados.

No momento, estamos vivendo o frenesi dos Metaversos, cujos projetos ligados à imersão virtual em ambientes 100 por cento digitais e descentralizados vêm tendo uma apreciação superior aos demais. Decentraland, Sandbox e Enjin Coin são bons exemplos disso.

Por quanto tempo duram essas narrativas? Qual será a próxima?

Isso é impossível de saber. O importante é estar atento ao mercado e dançar conforme a música. São mais de 14 mil projetos de cripto das mais diversas áreas e com as mais diversas propostas.

Postado originalmente por: Nord Research