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Finanças: Bolsa na máxima histórica

Chegou o momento que todos aguardávamos!

Chegou o momento que todos aguardávamos!

Com expectativas muito positivas de resultados, e com o mercado externo dando uma certa trégua na briga comercial e no Brexit, o Ibovespa bateu ontem a nova máxima de 106.022 pontos.

Nesta temporada de resultados, devemos ver empresas com reduções ainda maiores de despesas financeiras (por conta das seguidas quedas da taxa Selic) e com melhora de alavancagem (por conta das várias emissões de dívida longa e ações).

Sem contar as perspectivas de crescimento de receita por conta da recuperação econômica.

As vendas no Natal também tendem a melhorar, principalmente pela liberação do FGTS.

Tudo indica que teremos um final de ano bom. Tanto para a economia, quanto para as ações.

Aumento do volume de fundos

Além disso, o aumento do volume de novos fundos de investimento deve sustentar o preço dos ativos de risco.

Em matéria do Valor econômico, Adriana Cotias mostra que desde o final de 2016, quando o BC começou a reduzir a Selic, já foram criados cerca de 3,4 mil novos fundos, sendo que metade desses seriam fundos multimercado.

A alocação desse novo recurso, vindo da renda fixa, que passou a render muito pouco, se destina principalmente para bolsa e crédito privado.

Essa migração faz com que esses fundos precisem alocar seu patrimônio em ações, no índice, e em novas emissões.

Não por outro motivo, vemos o Ibovespa nas máximas, as novas emissões saindo com taxas baixíssimas, e os IPOs com demandas de várias vezes o book.

Boa parte desse fluxo é de novos entrantes precisando colocar o dinheiro para trabalhar, e não podendo se dar ao luxo de escolher muito o preço.

Cada mês esperando um bom ponto de entrada significa uma parte da taxa de administração de 2 por cento corroendo a performance do fundo.

Além disso, podemos ter o famoso rali de final de ano, no qual os fundos aproveitam para dar aquela puxadinha final nos preços e apresentar cotas maravilhosas para seus clientes.

Aproveite com cautela

Aproveite essa fase positiva!

Mas com cautela. Sabendo que ainda temos riscos importantíssimos lá fora com a crise nos bancos europeus e os juros negativos no mundo.

Ou seja, não aproveite o oba oba para fazer estripulias. Aproveite para vender aquelas ações que você já não tem tanta convicção, ou que estão caras, e para manter aquelas empresas rentáveis e ainda baratas.

O ano que vem será muito desafiador para o resto do mundo. Eles terão que lidar com as consequências de uma atividade fraca, ao mesmo tempo em que crescem tensões políticas.

Aqui no Brasil estaremos aguardando ansiosamente a tão esperada recuperação econômica, além de debatermos a reforma mais importante de todas: a tributária.

Essa tem capacidade de melhorar tudo, ou estragar tudo, a depender dos incentivos que ela acabar gerando.

Hoje tem IPCA

Por fim, teremos hoje a divulgação do IPCA-15.

A expectativa do mercado é um número muito próximo a zero.

Os juros curtos já precificam 55 bps de queda na próxima reunião, o que significa que tem investidor (uma minoria) apostando que há chances do BC cortar mais do que 50 bps na próxima reunião.

Eu particularmente acho bem difícil isso acontecer.

Não só teria um efeito bem ruim no dólar, como daria uma mensagem agressiva para o mercado de que o BC está assustado com a evolução nos números econômicos e deve cortar ainda mais nas próximas.

Esse Banco Central tende a ser conservador. Acho que deve manter o passo de 50 bps até o 4 ou 4,5 por cento.

A surpresa do IPCA ou da própria atividade teria que ser muito grande para que o plano de voo fosse revisto.

Mesmo assim, mercado é mercado, e os investidores têm tradição de dar aquela forçadinha no curto para ver se cola.

Pra mim, já está no oba oba.

Abraço,

Postado originalmente por: Nord Research