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Finanças: Banco Central sobe a Selic para 13,25 por cento ao ano

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O Banco Central elevou a Selic na quarta-feira, 15, em 50 pontos base, como amplamente esperado pelo mercado.

Apesar da alta, o comunicado da decisão trouxe mudanças importantes em relação ao comunicado anterior, que vou destacar neste artigo, explicando principalmente o impacto dessas mudanças para os seus investimentos.

A primeira alteração foi reconhecer um cenário mais desafiador, tanto por conta da inflação mundial e surpresa negativa da inflação brasileira quanto pelo consequente aumento de taxas de juros globais. Ou seja, ele deixa claro que é um cenário de muita incerteza e essa incerteza pode influenciar as decisões do Copom.

A segunda grande alteração foi a mudança nas projeções de inflação do modelo dele. Vale lembrar que o Copom estima a inflação futura com modelos econômicos próprios, e que essas estimativas é que balizam suas decisões.

Se a inflação esperada por ele estiver acima da meta, ele deve subir mais a Selic. Se a inflação estimada estiver abaixo da meta, ele pode cair a Selic.

Nessa estimativa, a inflação para 2023, caso a taxa Selic pare de subir em 13,25 por cento, seria de 4 por cento. Ou seja, um pouco acima da meta de 3,25 por cento.

“Esse cenário supõe trajetória de juros que termina 2022 em 13,25 por cento a.a., reduz-se para 10,0 por cento em 2023 e 7,50 por cento em 2024. […] Nesse cenário, as projeções de inflação do Copom situam-se em 8,8 por cento para 2022, 4,0 por cento para 2023 e 2,7 por cento para 2024.”

Vale lembrar que as projeções do mercado para esses mesmos vencimentos seriam 8,5, 4,7 e 3,25 por cento. Bem acima, portanto, das expectativas do Banco Central.

Postado originalmente por: Nord Research